Atualmente, a esfera pública da política e da comunicação social prende-nos ao alucinante presente instantâneo, sufocando-nos com infindáveis banalidades e trivialidades que não servem para nada.
A tragédia de Pedrogão Grande impeliu o país a discutir e a debater pela enésima vez a gravidade dos fogos florestais e a sua relação com o desordenamento territorial, o despovoamento e o envelhecimento das populações rurais.
A noção de administração total desenvolvida por Marcuse, segundo a qual a organização de base tecnológica tende a deter um caráter quase totalitário de amplo controlo social, mantém-se atual.
A política dos atuais governantes soube perceber que para recuperar o país precisaríamos também de retomar a celebração e de festejar sem complexos de culpa.
Países europeus, como Portugal, caminham aceleradamente em direção a um desequilíbrio demográfico gritante para o qual a imigração pode e deve ser uma resposta possível para resolver parte desse problema.
Uma cidade que afasta os jovens do seu centro porque estes são precários e não detêm rendimento suficiente para a habitar, é uma cidade crescentemente desigual.