A autarquia liderada por Carlos Moedas garantiu ao “CM” que “trata todos por igual” mas não respondeu à pergunta essencial: se já tinha sido efetuada uma vistoria às obras dos dois T1 em Lisboa, uma vez que aquele tipo de intervenção na estrutura do prédio obriga a um acompanhamento por parte das autoridades.
A casa de Espinho do chefe do Governo voltou ao radar noticioso. Enquanto líder do PSD, Montenegro prometeu entregar toda a documentação sobre o imóvel à Polícia Judiciária; já eleito primeiro-ministro, não cumpriu essa promessa quando questionado pela PJ.
“Num Governo normal, num tempo normal e num país normal, um primeiro-ministro nestas circunstâncias não se recandidata. Luís Montenegro está completamente agarrado ao poder mas não só ele”, acusou o militante social-democrata em entrevista à “SIC Notícias” esta quarta-feira.
Detalha o “Correio da Manhã” esta quinta-feira que a suspeita de alegada fraude fiscal está relacionada com a suposta transferência de clientes da SP&M – Sociedade de Advogados, da qual o primeiro-ministro foi sócio, para a Spinumviva, a fim de obter uma eventual vantagem fiscal.
Os dados das declarações de rendimentos que o primeiro-ministro à Entidade para a Transparência permitem identificar a origem de 320.206 euros, mas a despesa da aquisição do imóvel, incluindo impostos (IMT e Imposto do Selo), totalizou 401.269 euros.
Dos inquiridos, 44% defendem que Luís Montenegro deveria sair do cargo de primeiro-ministro, com 45% a considerarem “muito grave” o envolvimento na empresa Spinumviva.