Como é possível interpretar a vontade popular que resulta de bloqueios provocados por 100 mil pessoas e da violência causada por 2 mil, quando os eleitores franceses são cerca de 50 milhões?
Depois do que aconteceu em Paris, seria de esperar que os deputados condenassem as práticas totalitárias que estes vanguardismos justiceiros frequentemente adotam. Mas não. A oposição, corajosamente, calou-se.
Mesmo que o eleitor não confie em nenhum partido ou candidato, tem à sua disposição formas de expressar tal entendimento sem deixar de participar eleitoralmente e assim fazer valer o apoio ao regime democrático.