Na Europa, onde existem impostos punitivos sobre as grandes fortunas, os muito ricos não se acham na obrigação de devolver seja o que for à sociedade. A seu ver, esta já se remunerou devidamente e à cabeça.
Ninguém parou para pensar que muito, bom e barato, só mesmo à custa de alguma coisa, sobretudo do custo do trabalho e da depredação dos recursos naturais.
O trabalho é um direito que se merece, nos humaniza e contribui para a evolução societária. O trabalho é demasiado sério para ser apropriado ou instrumentalizado pelo capital ou pelas corporações.
Há quem defenda aumentar ainda mais a idade da reforma. Mas aumentando a nossa população em 50.000 pessoas em idade ativa por ano, os problemas expectáveis desapareceriam. E sobre isto ninguém fala.
Um irmão meu, nada socialista, dizia, “Eh, pá, então se fosses tu não davas uma ajuda a uma sobrinha?”. A resposta é simples: dava mesmo. Porém, eu não sou político, não tenho poderes para fazer acontecer coisas usando influências.
É hoje inequívoco e comummente aceite, mesmo por economistas académicos crentes na perfeição dos mercados, que o aumento do salário mínimo não aumenta o desemprego e não ameaça a viabilidade das empresas.