No ‘caso Isabel dos Santos’ ninguém viu nada mas, neste momento, todos criticam, incluindo o Banco de Portugal. É uma pena que seja tão lesto no que se reporta aos pequenos devedores e deixe escapar os monstros.
É verdade que Costa tem engenho e arte mas parte do seu êxito assenta inequivocamente no demérito de uma quase inexistente oposição, ocupada que está a discutir o novo pretendente ao respectivo trono.
Como se usa dizer e menos praticar, interessa menos o destino final do que a viagem. O sentido da vida é pois podermos aprender, tanto com os êxitos, como, principalmente, com as derrotas.
Se na vida real as pessoas se desmascaram no Carnaval, na Ordem dos Advogados isso costuma suceder em Dezembro de cada triénio. E a dita campanha não é sequer feita pela positiva, com ideias que possam ser discutidas.
No ano passado, os advogados declararam não aguentarem mais e fizeram-se ouvir. A atitude dos actuais dirigentes da Ordem foi a de, entre outros, chamarem os que saíram à rua de “carenciados”.
Neste caso, o lado certo da barricada é numa mesa no Galiza, no Porto. Uma história que já nos foi muitas vezes contada e pode ser vista, num outro cenário, no filme português “A Fábrica dos Sonhos”.