Nada tenho contra o entretenimento mas tenho tudo contra agendas ocultas travestidas de informação. E é o que temos actualmente, num caminho que, mesmo sem nos apercebermos, termina no abismo e na ignorância.
Estranho país este que, apenas quando a altura é de prejuízo, torna os cidadãos banqueiros mas, pelo contrário, quando a época é de lucro, os atira para o papel de meros espetadores.
Numa altura em que se diz pretender-se combater a precariedade, haja alguém que olhe para a inexistente previdência dos advogados, em vez de lhes acenarem com descontos ridículos.
Virar uns contra os outros é uma lição dada há muito e que sempre tem resultado, principalmente quando se finge que somos aliados dos que visamos abater.
O que antes era criticado, em especial pelo Senhor Bastonário da OA quando estava na oposição, hoje não apenas é praticado como publicitado. Não há coincidências. Quando muito, repetições.
Num outro país com legislação semelhante à nossa, a qual proíbe inequivocamente a substituição de trabalhadores em greve, o Estado não gastaria recursos públicos a caucionar uma ilegalidade.