Ver anúncios de saídas, seja na Galp, na TAP, no Santander, no BCP, na Altice ou noutra qualquer empresa que já foi um símbolo de um emprego para a vida, causa-me tanta apreensão quanto o ensurdecedor silêncio que aqueles geram.
Mais do que nunca, importa reter a citação: “o Governo não há-de cair porque não é um edifício. Há-de sair com benzina, porque, no que realmente importa, é uma nódoa”.
Não peço caridade. Peço justiça. A vida de uma pessoa é mais importante do que a distribuição de dividendos a accionistas que, daqui a uns anos, serão chamados a uma qualquer CPI e não se vão recordar de nada.
Ao contrário do que é a voz corrente, a questão que se coloca é, menos, a das simpatias do citado juiz e, muito mais, a capacidade extrema que o nosso Ministério Público tem de rebentar com tudo o que é processo mediático.