É impossível comunicar bem o vazio, a insustentável leveza do desconhecimento sobre a cidade. Hoje, é percetível que Moedas estaria mais bem preparado para ser candidato a líder do PSD e a primeiro-ministro do que a Lisboa.
Este Salgado de Lisboa é mais um prego na estaca das elites que geriram diversas áreas num Portugal que perdeu muito tempo a fazer-lhes vénias. Um ídolo com pés de barro que pôs e dispôs de Lisboa como quis.
Em pleno século XXI é caricato como representantes eleitos pelo povo continuam a usar estratagemas e a viver numa conveniente Omertà entre eles para poderem sacar mais dinheiros públicos e encher a sua conta bancária.
O antigo primeiro-ministro pode tentar enganar-se a si próprio, acreditando que qualquer vitória em tribunal limpará a sua imagem e que um dia a comunidade voltará a respeitá-lo. Está redondamente enganado.
“A base da sociedade é a justiça”, dizia Aristóteles, logo, a própria não pode permitir que caia sobre ela o manto da desconfiança da comunidade, sob pena de se corroerem os alicerces de um dos pilares do Estado de Direito.
É quase impossível ser unânime e ter o reconhecimento e admiração dos seus compatriotas e este grande português conseguiu este feito. Talvez porque “os homens não se vendem, criam-se”, citando o próprio.