É preciso mais decoro e sobriedade nas intervenções públicas, para não perder o impacto que as declarações de um Presidente da República devem ter em temas verdadeiramente importantes para o País.
As sociedades modernas exigem transparência e zelo na gestão da coisa pública e a TAP, por muito que os seus administradores não o compreendam, não é uma vaca sagrada.
Mais recato, menos comentários, a mesma solidariedade institucional. Os passos finais do segundo mandato têm de ser robustecidos de granito e não de plasticina, que é mole e viscosa.
Todos os leitores sabem que o centro racional e moderado se tem esboroado por todo o mundo e, com essa queda, se têm imposto as forças extremistas, de esquerda e de direita, e um populismo que se alimenta de escândalos e notícias sobre corrupção.
A articulação e negociação quase diária que implicava essa ligação ao PCP e BE aguçava o engenho e a coordenação política do Governo, algo que, visivelmente, colapsou.
Não quero ser accionista da TAP, mas enquanto ela for de todos os portugueses tem de ser severamente escrutinada, porque a sua gestão cheira demasiado a esturro.