Para ser um ‘grande actor’ na nova ordem mundial, a Europa terá de ultrapassar o modelo da Europa das Nações, substituindo-o por um modelo federal. Difícil, sim, mas inevitável.
O Chega errou de forma condenável ao transmitir a ideia de que quem habita nos chamados bairros problemáticos, que demonstram mais um falhanço do Estado, é, por natureza, bandido.
Continuamos sem discutir que Estado queremos, que funções e responsabilidade deve o Estado ter. E enquanto a economia informal continuar a representar 35% do PIB, o OE poderá ser, em parte, uma obra de ficção.
É um passo no sentido do federalismo? É possível. Mas há outro caminho? Afinal, foi o sistema da Europa das Nações que herdámos do Século XIX que nos trouxe à situação de incerteza em que estamos. Parece-me necessário estudar outro.