Uma das razões para termos chegado aqui é a opção do Presidente da República de ter alterado a natureza da eleição parlamentar, defendendo que se trata da eleição do primeiro-ministro.
O problema será compatibilizar a urgência em obter soluções exequíveis e praticáveis com a necessidade de salvaguardar a estabilidade, representatividade e democraticidade da configuração institucional da UE.
Repetem-se os erros do passado quando não se discute o que é verdadeiramente importante: as questões relativas às reformas da justiça, saúde e educação, e sobretudo que País queremos deixar para as próximas gerações.
A afirmação da prevalência dos interesses americanos para criar tensões nas instituições de relações internacionais é um problema que os países da Europa têm de aceitar, e que conduz à necessidade de reinventar a União.
A presidência de Trump não representa um mundo novo. É o regresso dos EUA ao isolacionismo, alheio a tudo o que se passa fora das suas fronteiras que não lhe traga benefícios imediatos.
Não existindo uma liderança forte e carismática, capaz de criar uma visão positiva e entusiasmante de um projecto de uma nova União, a transformação vai ser mais difícil, mas terá de acontecer para que a Europa sobreviva.