As elites do MPLA e da UNITA, com origens ambundu ou ovimbundu, só podem exercer o poder no solo angolano, porque estes dois grupos etnolinguísticos não têm extensão territorial fora da realidade angolana.
Hoje, o direito de matar e de viver já não se situam fora do espectro da actuação política contemporânea, tendo deixado de ser um fenómeno ‘excepcional’ para passar à categoria do ‘normal’.
A campanha eleitoral para as legislativas deverá centrar-se, seriamente, na questão da habitação, que não é só um problema dos pobres, mas, sim, da sociedade portuguesa enquanto comunidade política.
A atual crise deve também ser vista como um bloqueio político-institucional no sistema político português, devido à ascensão de um partido de extrema-direita que pressiona qualquer acordo entre os dois maiores partidos.