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As afinidades electivas do Coronavírus

“O coronavírus não gosta de teatro, nem de espectáculos, nem da cultura em geral”. E mais: tem dois pesos e duas medidas – não ataca em aviões mas é perigoso nos teatros; não ataca nos comboios mas infecta os mesmos trabalhadores que neles se deslocam – mas só nos tempos de descanso no seu local de trabalho! E suspeita-se que não atacará também em alguns eventos públicos municipais que beneficiarão da maior fatia dos 30 milhões de apoio governamental para a cultura (em detrimento de outros programas para a cultura, quando este sector precisa urgentemente de apoio!), mas já noutros encontros e festivais culturais … pondere-se bem, é bem provável que a sua virulência seja acentuada.

Covid-19, a solidão dos idosos e os animais de companhia 

Nestes dias de pandemia os factores de risco para a ansiedade e depressão agravam-se ainda mais nesta população pois além do imposto isolamento socioafectivo e da maior falta de apoio sociofamiliar estão expostos ao maior risco de todos: a solidão (sim, a solidão tem sido descrita como o maior factor de risco para a depressão em idosos…).

Conseguem imaginar o COVID sem um Sistema Nacional (e regional) de Saúde?

A contenção deste flagelo e a sua mitigação dependem precisamente da resposta que um sistema de saúde é capaz de dar.

Cargos de gestão? Só de legitimidade técnica. Política, não!

Todo e qualquer cargo de gestão (na saúde e não só!) tem de ter uma legitimidade exclusivamente baseada na competência técnica e profissional, e não na nomeação político-partidária! E isto reverter-se-ia, sem dúvida, numa maior confiança quer dos profissionais quer dos utentes, sobre quem presta cuidados de saúde.

“Aos pobres ninguém os vê”

E na ilha, esta realidade não destoa: para os nossos governantes a cultura continua a ser um luxo e não um pilar do desenvolvimento social, reflector das sociedades democráticas.

“Vetos de gaveta”: o caso do acto médico veterinário

Há ainda que acautelar, por via legislativa, no nosso país, que a intervenção médico-veterinária não seja sobreposta por nenhum outro profissional porque a sê-lo são os interesses da sociedade em matéria de saúde pública e de bem-estar animal que estão em risco.
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