É prioritário corrigir as divergências com a zona euro, o que exigirá capacidade por parte do plano de recuperação e resiliência de libertar a economia portuguesa dos seus anquilosados problemas estruturais.
Dar aos funcionários públicos um incremento salarial inferior à inflação, é contribuir para desconsiderar a atividade desenvolvida pelo setor público. E, principalmente, é enviar um sinal para o setor privado que pode manter os baixos salários que pratica.
A capacidade americana de elencar e discutir problemas atuais, marcando a agenda económica internacional, e, simultaneamente, propagandear o debate, continua a ser um sinal da sua indiscutível liderança.
O projeto europeu tem sobrevivido graças a uns visionários que reconhecem o papel que as instituições podem desempenhar na instauração da confiança internacional. O que acontece agora nas fronteiras da Europa exige o mesmo tipo de discernimento.
O tratamento de fundo da economia portuguesa exige transformações estruturais que promovam a sua diversificação produtiva. Cabe ao Estado ser o catalisador desta estratégia.