Entre os países da OCDE, no último trimestre de 2020, Portugal é o país com o maior rácio entre o preço das casas e o rendimento das famílias. Este indicador revela bem a fragilidade relativa das famílias portuguesas.
Se o mercado de trabalho está invariavelmente no centro do furacão da pobreza, um mercado de trabalho robusto e dinâmico é também um fator de sustentação do crescimento.
Do ponto de vista da equidade e da justiça social, é preferível e mais correto obrigar a que todos participem nas receitas públicas do que dilatar a comparticipação dos que já contribuem de forma significativa.
A inovação é um processo cumulativo mais do que o resultado de atos isolados de agentes privados, onde o Estado tem frequentemente um papel determinante enquanto catalisador da produção de novo conhecimento.
Portugal não deve firmar as suas soluções económicas no mesmo tipo de paliativos que o têm condenado à cauda do projeto europeu. Se lhe é dada oportunidade de fazer política, deve agarrá-la e inverter a espiral deflacionista dos últimos 20 anos.
O país precisa de bons professores, de elevado desempenho profissional e motivados, como precisa destas mesmas características nos seus profissionais de saúde. Os dois grupos desempenham uma função social insubstituível.