Sónia de Sá, Professora, Universidade da Beira Interior

Se é necessário continuar a lembrar que a luta pelos direitos das mulheres, e toda a luta pelos direitos humanos, deve continuar? Sim. E não é com a ‘Black Friday’ dos shoppings ou das compras online.

O que nos poderá estimular num cenário de distanciamento social? Seremos nós a geração que vai terminar com os abraços, os beijinhos, as gargalhadas e os toques repetidos no ombro do outro enquanto falamos empolgadamente? Não sei, mas começamos a ter indícios fortes dessa possibilidade.

Não podemos deixar que a pandemia infete uma das coisas mais importantes na profissão de docente – a construção de relações. A relação professor-estudante constrói-se em presença, com empatia e respeito mútuo, mesmo quando se esgrimem argumentos.

No combate ao desequilíbrio entre géneros nos vários contextos da sociedade portuguesa, os órgãos noticiosos e os seus espaços de comentário e análise podem e devem ter um papel fulcral.