O mundo é cada vez menos linear e a sua complexidade transfere-se para o dia a dia das empresas, traduzindo-se em dilemas cuja resolução não é imediata. Por isso, não é adequado adotar cegamente novas ferramentas, por muito digitais que elas sejam.
No longo prazo, seria preferível construir um sistema completo de inovação, mas este modelo pode ajudar a transformação digital da economia por uma via alternativa, mais alinhada com a realidade cultural e económica do país.
Sermos conscientes do impacto neurológico da tecnologia e dispor de mecanismos de medição ajudará a reprogramar as nossas rotinas. Até lá chegar, o que convém mesmo programar é uma boa dieta para desintoxicarmos.
Parece adequado ter, neste momento, um regulador disruptivo para gerir a distribuição de recursos públicos numa tecnologia cujo impacto ultrapassa os limites setoriais.
Falamos permanentemente da importância da colaboração, da cooperação a todos os níveis, da criação de ecossistemas e depois falhamos na componente básica que é o diálogo entre as pessoas.