Serão precisas doses redobradas de ponderação, bom senso e pragmatismo realista para garantir a paz e manter a coesão que caracterizou o modelo social europeu nas últimas décadas.
Num período de tempo provavelmente mais breve do que antecipamos, as novas tecnologias conseguirão criar uma verdadeira realidade paralela à nossa volta.
Sem cidadãos minimamente informados, será cada vez mais fácil manipular e polarizar a sociedade, com um risco crescente de instabilidade e de recessão democrática.
Perante a volatilidade e a intensidade destas mudanças, o desafio será dotar-nos de doses reforçadas de pragmatismo para gerir um presente desafiante sem pensar demasiado no futuro.
A tecnologia nunca foi neutra, mas o facto de ter passado a ser universalmente acessível levanta questões há pouco impensáveis, como a proliferação de movimentos populistas de base digital.