O ministro da Economia garantiu não ter tido qualquer sinal de que a Volkswagen terá “menos compromisso” com Portugal ou que fará uma “redução estrutural” na atividade que a empresa tem em Palmela, na Autoeuropa.
Numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Pedro Reis deixou a garantia de que tem estado em contacto com a empresa-mãe, assim como com a filial portuguesa. Neste contexto, fez saber que Portugal já sinalizou a intenção de ver a automotora alemã construir novos veículos eletrificados em território nacional.
Em vista está o propósito de “manter, ou, se possível, até reforçar a presença da Volkswagen em Portugal”, esclareceu.
O membro do Governo reconhece a “queda das encomendas” no setor automóvel, que atravessa uma crise. Neste âmbito, há empresas que viram parte do seu foco para áreas como aeronáutica, espaço ou Defesa, diz. Há outras empresas que estão a reformatar a respetiva linha de produção e outras ainda têm optado por reduções da capacidade.
Verbas do Banco Português do Fomento são objeto de reprogramação
O ministro quer que o Banco de Fomento tenha a capacidade de “prestar garantias à componente privada dos investimentos”, sublinhou o ministro.
O próprio garante que a verba de 1,32 mil milhões de euros vai mesmo avançar até final de 2025. Em simultâneo, indicou que o plano de investimentos, que está ligado ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e ao Portugal 2030, vai ser reprogramado. As possibilidades estão já a ser avaliadas pelo Governo, adiantou.
Hidrogénio pode sofrer revés
A transição energética está em curso, mas nem tudo são sinais positivos, lembrou Pedro Reis. É o caso com a entrada da produção de hidrogénio na economia nacional, que entra agora numa fase crucial
O ano de 2025, em particular o primeiro semestre, será “muito importante para perceber se algumas daquelas agendas [mobilizadoras] têm espaço de concretização ou não”, no que diz respeito a investimentos tendo em vista o setor energético. Em particular, refere, está em causa o caso do hidrogénio, mais concretamente a injeção na rede (e não a de utilização industrial), reiterou.
“Não tenho a certeza que vão cair”, assegura, mas dependem de decisões que serão tomadas pelos promotores.
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