[weglot_switcher]

ActivTrades espera desfecho do teto da dívida dos EUA em setembro

“As consequências negativas para o mercado acionista podem não ser evitadas, visto que o prolongamento do impasse pode levar a um downgrade por parte de uma das agências de rating, que empurre Wall Street para uma correção significativa”, diz Mário Martins.
  • Reuters
16 Maio 2023, 20h34

As negociações do teto da dívida dos EUA continuam sem um desfecho.  O atual teto da dívida é de 31,4 biliões de dólares (cerca de 28 biliões de euros) e foi atingido em 19 de janeiro.

Depois da crise na banca, os mercados nos EUA têm agora outra preocupação devido à falta de acordo para o aumento do teto da dívida. Neste momento, faltam 14 dias para a principal economia mundial entrar em default pela primeira vez na sua história e a agitação começa-se a sentir nos mercados, uma vez que o país poderia entrar numa crise económica grave.

“Para já, o cenário mais provável é um adiamento temporário do problema até ao final do verão, com um aumento do teto da dívida que permita tal desfecho, ficando assim a resolução final para Setembro, na reentré após as férias”, defende Mário Martins, analista da ActivTrades.

“As consequências negativas para o mercado acionista podem não ser evitadas, visto que o prolongamento do impasse pode levar a um downgrade por parte de uma das agências de rating, que empurre Wall Street para uma correção significativa, tal como ocorreu em 2011, quando a S&P desceu a qualidade da dívida dos EUA do AAA para o AA+”, lembra o analista.

Mário Martins diz ainda que “para já o mercado está complacente, tal como aconteceu há 12 anos, o que pode levar a uma reação abrupta, visto que já não há muito tempo para se chegar a um entendimento, até que se entre em território de risco elevado quanto à capacidade dos EUA honrarem as suas obrigações na dívida, sendo que não existe certeza que a liquidez disponível chegue até ao dia 15 de Junho, dia em que entrarão mais verbas no cofre do tesouro, derivadas de impostos”.

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.