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Azeite português é o melhor do mundo e Portugal será o terceiro maior produtor em 2026

Esta evolução levou a que a produção de azeitona em Portugal tenha aumentado mais de 250% entre 2011 e 2021, e permitiu triplicar a produtividade média dos olivais desde há 20 anos, destaca estudo.
9 Julho 2024, 15h13

O azeite português é o que denota melhor qualidade a nível mundial e Portugal prepara-se para se tornar, em 2026, o terceiro maior produtor do mundo fruto das melhoras nas infraestruturas e práticas de produção.

A conclusão está no estudo ‘Olivicultura: O motor da (r)evolução agrícola nacional’, desenvolvido pelo consórcio Consulai e Juan Vilar Consultores Estratégicos para a Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal – OLIVUM.

Assim, diz o estudo, a produção do melhor azeite do mundo deveu-se às “melhorias significativas nas infraestruturas e práticas de produção que permitiram que, em 2022, 98% do azeite português fosse classificado como Virgem ou Virgem Extra”.

Destaca este documento que “Portugal será o terceiro maior país produtor de azeite do mundo, dentro de aproximadamente dois anos. De facto, ao longo das últimas quatro campanhas, o aumento de produtividade nacional foi muito superior à dos outros principais países produtores, o que permitiu uma evolução do 9.º para o 6.º maior produtor”.

Forte investimento tecnológico nos lagares

No entender dos autores do estudo, “os aumentos na produção e na qualidade de azeite português devem-se, em grande medida, ao facto de os lagares nacionais terem beneficiado, ao longo das últimas décadas, de um forte investimento industrial em tecnologia”.

A consequência foi um aumento de produção muito significativo: “Esta evolução levou a que a produção de azeitona em Portugal tenha aumentado mais de 250% entre 2011 e 2021, e permitiu triplicar a produtividade média dos olivais desde há 20 anos, resultado da introdução de novas técnicas de produção, como o regadio, que conduziram a uma maior rentabilidade da azeitona”.

“Portugal é hoje um dos líderes internacionais nesta indústria: tem oito dos dez lagares do mundo que processam um maior volume de azeitona e três dos cinco lagares mais avançados em termos tecnológicos. Estes resultados são fruto do nosso compromisso com a inovação e modernização que, aliadas à valorização e proteção da biodiversidade e adoção de boas-práticas sustentáveis, nos têm colocado numa posição de liderança a nível mundial”, destaca Susana Sassetti, Diretora-Executiva da OLIVUM.

A numa altura que tanto se fala de sustentabilidade, destaca o estudo que a adoção de boas práticas não se limita apenas ao aumento da produção e qualidade do azeite nacional: “Alguns exemplos disso incluem o aumento de captura de CO2 pelos olivais, a introdução de coberto vegetal nas entrelinhas, o que melhora a biodiversidade e a qualidade do solo, e a eficiência hídrica de culturas de olival de regadio, uma das grandes preocupações dos olivicultores, a par da aplicação de fitofármacos”.

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