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Banca portuguesa vai manter performance sólida em 2025

Os bancos portugueses estão em forma e a tendência irá manter-se no próximo ano, acreditam os especialistas. A forte capitalização e o crédito malparado em níveis baixos poderá levar a uma estratégia de maior predisposição para o financiamento da economia nacional.
20 Dezembro 2024, 10h40

Os cinco maiores bancos a operar em Portugal tiveram um lucro agregado de 3915,7 milhões de euros entre janeiro e setembro, um aumento de 19% face ao mesmo período de 2023. E deverá terminar o ano com lucros históricos em Portugal, que podem ascender a cinco mil milhões de euros no agregado dos principais bancos.

“Espera-se que a banca portuguesa mantenha performance sólida após os aumentos significativos do lucro que se espera verificar em 2025. A manutenção de um bom desempenho da economia portuguesa aliado à baixa das taxas de juros, mas que se manterão estruturalmente altas, face ao longuíssimo período de taxas baixas, irá não só permitir à banca portuguesa recuperar volume de carteira de crédito, mas a um preço melhor, com reflexo na margem de lucro. A banca continua bem capitalizada e com um baixo nível de NPLs que não se prevê que aumente dado o contexto de queda das taxas de juro e desempenho da economia nacional”, diz Gonçalo dos Reis Martins, sócio das áreas de Bancário e Financeiro e de Mercados de Capitais da PLMJ, ao Jornal Económico.

De grande relevo para o setor, o especialista sublinha “o esperado IPO do Novo Banco”, previsto para se concretizar em 2025. “Continuaremos a assistir a um foco forte nos financiamentos com componente ESG”, acrescenta. Nuno Castelão, responsável pela área de prática de Bancário, Financeiro e Mercado de Capitais da Antas da Cunha Ecija, partilha da mesma opinião. “As perspetivas para os bancos nacionais são muito positivas, no seguimento dos excelentes resultados recentemente apresentados pela banca portuguesa e em particular pelos “big five” (CGD, BCP, Santander Totta, Novo Banco e BPI). Os bancos portugueses estão bem capitalizados e o crédito malparado (Non Performing Loans) está em níveis muito baixos. Mesmo a nível europeu a banca está genericamente em boa forma, como é demonstrado pelo facto do BCE não ir aumentar os requisitos de fundos próprios dos bancos europeus. Antevejo que a combinação de uma boa capitalização dos bancos com um novo ciclo de redução das Euribor, leve a banca a adotar uma estratégia de maior predisposição para o financiamento da economia nacional (projetos, empresas e famílias)”, afirma ao JE.

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