O desafio “Vamos dar uma segunda vida às notas” foi lançado pelo Banco de Portugal, e a CleanNote, da AlmaScience (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa), que prevê a reutilização dos resíduos em membranas para fotocatálise, aplicadas na purificação de água e ar”, foi eleito como um dos três finalistas.
O projeto, de nome CleanNote, que visa reutilizar notas desperdiçadas e incorporá-las em membranas para fotocatálise, irá passar agora à fase de protótipo.
O CoLab AlmaScience, um laboratório de investigação colaborativa e aplicada e uma incubadora de tecnologia focada em materiais sustentáveis e eletrónica verde, em colaboração com o CENIMAT/i3N, um centro de investigação da Universidade Nova de Lisboa e laboratório associado apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia decidiu participar com o projeto CleanNote, que foi recentemente anunciado como um dos três finalistas, passando à fase de protótipo.
O projeto CleanNote visa reutilizar notas desperdiçadas e incorporá-las em membranas para fotocatálise para o tratamento de água ou ar contaminado.
“Os resíduos de notas são de particular interesse para esta aplicação pois contém até 5% de elementos com potencial para serem explorados no processo de fotocatálise”, refere o comunicado.
Adicionalmente, os notas são constituídas por fibras de elevada pureza, que possuem elevada resistência mecânica e química, permitindo transferir para as membranas essas importantes características para a aplicação pretendida.
“Anualmente, milhões de notas de euro são retiradas de circulação e destruídas (devido ao desgaste). Isto representa mais de 50.000 toneladas de resíduos por ano em toda a Zona Euro, dependendo do método de destruição e das estratégias locais de eliminação”, segundo a AlmaScience.
A quota de Portugal é proporcional à sua população e utilização de dinheiro. Em Portugal, 500 a 1.000 toneladas de notas são destruídas por ano. Estas são tipicamente trituradas e comprimidas em briquetes, que são atualmente depositadas em aterros ou incineradas.
“As notas de euro modernas são feitas de fibras naturais, tornando-as biodegradáveis e recicláveis. No entanto, uma vez utilizadas e contaminadas, são tratadas como resíduos industriais não perigosos, não sendo facilmente reintegradas em fluxos tradicionais de reciclagem sem processamento adicional”, refere a AlmaScience.
Em Portugal, 500 a 1.000 toneladas de notas são destruídas por ano. Estas são tipicamente trituradas e comprimidas em briquetes, que são atualmente depositadas em aterros ou incineradas.
“Reutilizar apenas 10% destes resíduos poderia significar recuperar mais de 5.000 toneladas/ano de fibras de alta qualidade em toda a Europa. Quando combinada com fotocatalisadores em membranas tipo CleanNote, isto abre um caminho de economia circular de alto valor”, acrescenta.
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