Banco do Japão mantém taxas de juros nos 0,5%

O Banco do Japão (BoJ) decidiu manter esta quinta-feira, por unanimidade, as suas taxas de juros inalteradas em 0,5%.

Esta quinta-feira o banco central japonês considerou que o crescimento económico do Japão “é provável que se modere”  à medida que as políticas comerciais, e outras, em cada uma das jurisdições “levem a uma desaceleração das economias estrangeiras e a um declínio dos lucros das empresas nacionais e de outros fatores”.

Numa fase posterior, o Banco Central do Japão considera que o crescimento económico nipónico “deverá aumentar” à medida que as economias estrangeiras regressem a um caminho de “crescimento moderado”.

O banco central japonês espera que a inflação se situe entre os 2,5% e os 3% para o ano fiscal de 2025, que caia para 1,5%-2% no ano fiscal de 2026 e que se situe nos 2% para o ano fiscal de 2027. “Espera-se que os efeitos do recente aumento dos preços dos alimentos, como o arroz, diminuam”, salienta a mesma instituição.

É ainda referido pelo banco central japonês que a inflação subjacente (indicador que exclui os setores da energia e a alimentação devido à sua volatilidade) deve ser “provavelmente lenta” principalmente devido à “desaceleração” da economia. “Posteriormente prevê-se que a inflação subjacente aumente gradualmente, dado que se projeta que a sensação de escassez de mão-de-obra aumente à medida que a taxa de crescimento económico aumente e que as expectativas de inflação a médio-longo prazo aumentem”, adianta o banco central da economia asiática.

Para o ano fiscal de 2026 e 2027 o Banco Central do Japão diz que a inflação “irá provavelmente manter-se num nível geralmente consistente” com a meta de estabilidade de preços.

“Permanece altamente incerto a forma como o comércio e outras políticas em cada jurisdição irão evoluir e como a atividade económica e os preços no estrangeiro irão reagir. Por conseguinte, é necessário prestar a devida atenção ao impacto destes desenvolvimentos nos mercados financeiro e cambial e na atividade económica e nos preços do Japão”, alerta o banco central japonês.