Cerca de 40% do crédito concedido pelos bancos BNI e Ecobank estava em incumprimento no final de 2024, mas a maioria das instituições bancárias moçambicanas mantinha igualmente rácios acima dos 5% recomendados pelo banco central.
No relatório sobre os Indicadores Prudenciais e Económico-Financeiros, do Banco de Moçambique, o estatal BNI – que integra a lista do banco central de instituições com menos de mil clientes – fechou o quarto trimestre com um rácio de crédito em incumprimento (NPL, na sigla em inglês) de 37,42%, contra 41,09% no trimestre anterior, mas que já foi de 52,4% no primeiro trimestre de 2024.
Entre os bancos comerciais da listagem do banco central surge igualmente o Ecobank, com um rácio de NPL de 42,66%, contra 43,78% no trimestre anterior (33,88% no primeiro trimestre), o Moza Banco, com um rácio de 34,24% (23,69% no terceiro trimestre), e o Access Bank, com um rácio de 21,04% (17,92% no terceiro trimestre).
Da lista divulgada pelo banco central, com base em dados fornecidos pelas próprias instituições financeiras, apenas o United Bank for Africa (UBA), First National Bank (FNB), Standard Bank, First Capital Bank (FCB) e Absa apresentam um rácio de NPL inferior ao recomendado (5%), respetivamente de 1,08%, 2,06%, 3,86%, 4,39% e 4,66%.
Já o Millennium BIM, um dos maiores do país e liderado pelo português BCP, viu o rácio de crédito em incumprimento no último trimestre do ano manter-se nos 5,27%, como no anterior, enquanto o do BCI, liderado pela Caixa Geral de Depósitos, subiu para 10,97%.
Dados do banco central indicam que funcionam atualmente em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras.
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