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Bankinter com lucros de 430 milhões de euros. Portugal contribui com 54 milhões (com áudio)

O resultado antes de impostos do Bankinter Portugal cresceu 33%, alcançando os 54 milhões de euros. Já a carteira de crédito aumentou 13% para 7.700 milhões, enquanto os recursos de clientes subiram 12% para 6.300 milhões de euros.
20 Outubro 2022, 08h27

O grupo Bankinter alcançou lucros de 430,1 milhões de euros no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 21,2% em comparação com o período homólogo. Para este resultado, a atividade em Portugal contribuiu com 54 milhões de euros.

“O Grupo Bankinter conclui o terceiro trimestre de 2022 com um forte crescimento do balanço e de todos os indicadores de negócio, como consequência de uma atividade comercial que mantém o bom ritmo do exercício e que se traduz na melhoria de todas as margens e do respetivo resultado”, indica o banco num comunicado divulgado esta quinta-feira.

Neste período, a margem bruta do grupo cresceu 6,7% para 1.517,7 milhões de euros, “com uma contribuição cada vez maior do resto das geografias onde o banco opera: Portugal e Irlanda, e o negócio do EVO Banco”, refere a instituição financeira. Já as comissões cresceram 2% para 452 milhões.

Os negócios que mais contribuem para estas comissões são a gestão de ativos (149 milhões de euros), a atividade de cobranças e pagamentos (120 milhões), o negócio dos valores mobiliários (85 milhões de euros) e as diferenças cambiais (70 milhões).

O crescimento da carteira de crédito foi de 10,3%, alcançando os 72.871,1 milhões de euros. Quanto aos recursos de clientes, nos quais se incluem os depósitos, somam um total de 76.309,6 milhões, mais 10,4% face ao período homólogo.

“Por sua vez, os recursos geridos fora de balanço registam uma queda, numa comparação anual, de 7,3%, devido sobretudo à má evolução dos mercados e ao impacto que essa trajetória teve sobre a valorização destes ativos”, afirma o Bankinter. Quanto à solvência, o rácio de capital CET1 fully loaded fixou-se nos 11,9%.

O banco refere ainda que “mantém o seu nível de morosidade muito abaixo da média do sector, com um rácio de 2,10% que é inclusivamente inferior ao dos trimestres anteriores e que está 30 pontos-base abaixo do de há um ano.  Não obstante, o Bankinter continuou a reforçar de forma prudente a cobertura dessa morosidade até aos 65,1% face aos 62,8% de há um ano”.

“Estamos muito tranquilos”, afirmou María Dolores Dancausa, CEO do Bankinter, na conferência de imprensa para apresentação dos resultados do terceiro trimestre, notando que o banco está preparado “para ajudar os clientes a enfrentar situações difíceis”.

A presidente executiva garante ainda que o atual contexto de incerteza não vai ditar uma mudança no pagamento de dividendos. “Não prevemos alterar a política de distribuição de dividendos”, referiu, mantendo-se o payout de 50%.

Carteira de crédito cresce em Portugal

A atividade em Portugal ajudou ao resultado do grupo, contribuindo com 54 milhões de euros. Ou seja, cresceu 33% face ao período homólogo.

O banco destaca ainda o crescimento da atividade comercial no país. “A carteira de crédito, incluindo Banca Comercial e Banca de Empresas, alcança os 7.700 milhões, mais 13% do que em setembro do ano passado”, detalha.

Quanto aos recursos de clientes, o crescimento é de 12% para 6.300 milhões de euros. “Relativamente às rubricas da conta de resultados, todas registam melhorias importantes: mais 21% na margem de juros; mais 16% na margem bruta; e um resultado antes de provisões 30% superior ao de há um ano”, o que leva a um resultado antes de impostos de 54 milhões de euros.

Sobre Portugal, María Dolores Dancausa garantiu que o grupo está “muito satisfeito” com a operação, mas afastou a possibilidade de avançar com aquisições para crescer.

Notícia atualizada às 10:50

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