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Bankinter projeta crescimento da economia portuguesa de 5,5% em 2021 e de 3,6% em 2022

No “Outlook para 2021” divulgado esta terça-feira, a equipa de research do banco estima uma expansão do PIB para ligeiramente abaixo dos 5,7% projetados em setembro, mas mais otimista para 2022.
  • Rafael Marchante/Reuters
22 Dezembro 2020, 18h00

A recuperação do consumo privado, o aumento dos gastos públicos e uma retoma rápida das exportações serão as alavancas do crescimento da economia portuguesa nos próximos dois anos, segundo as perspetivas do Bankinter.

No “Outlook para 2021” divulgado esta terça-feira, a equipa de research do banco estima uma expansão do PIB de 5,5% em 2021 (ligeiramente abaixo dos 5,7% projetados em setembro) e de 3,6% em 2022 (que compara com o 3% projetados em setembro).

“Apesar do contínuo impacto da Covid-19 na economia portuguesa, mantemos a nossa estimativa para a evolução do PIB português em 2020 inalterada em -8,1%”, explica, sublinhando que a recuperação registada na atividade económica em Portugal no terceiro trimestre foi interrompida pelos novos surtos do vírus, “aos quais os governos europeus responderam com novos confinamentos, desta vez parciais e regionais”.

Os analistas do Bankinter sublinham que a reincidência da pandemia deverá refletir-se numa recuperação económica em “W”, ainda que a evolução da economia esteja alinhada com as estimativas, “pelo que mantemos praticamente inalteradas as previsões de crescimento do PIB anteriores”, pelo que antecipam que 2021 “será um ano de recuperação”, principalmente a partir do segundo trimestre.

Realçam ainda que a médio prazo, há três fatores “particularmente importantes” para uma recuperação robusta da economia portuguesa, tais como “a resiliência do mercado de trabalho” e do mercado imobiliário, “ambos com efeitos positivos na manutenção do poder de compra dos portugueses”, bem como “a chegada e aplicação dos fundos europeus ao longo dos próximos anos, que serão um fator importante na retoma do investimento e no aumento da competitividade e estabilidade futura da economia”.

Os analistas esperam, assim, um aumento de 5% em 2021 e 3,2% em 2022 do consumo privado, depois de uma quebra de 6,8% para 2020, bem como aumentos de 2% em 2021 e 1% em 2022 nos gastos públicos, após o projetando recuo de -0,3% este ano. Relativamente às exportações projeta ainda uma quedas de 19,8% das exportações e  de 14,4% das importações em 2020, seguidas de um crescimento de 11,3% em 2021 e de 7% em 2022 e das importações de 8,8% em 2021 e 5,3% em 2022.

O Bankinter prevê ainda uma queda de 6,4% do investimento em 2020, seguida de um crescimento de 4,4% em 2021 e de 3,7% em 2022.

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