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Banqueiros contra venda forçada de ativos

Os banqueiros revelaram hoje o seu desagrado com a possibilidade de serem forçados a desfazerem-se de ativos, de forma a limparem os seus balanços do crédito malparado.
  • Cristina Bernardo
23 Novembro 2016, 14h00

É conhecida a intenção do Governo de criar uma solução para o crédito em incumprimento na banca portuguesa, que continua a pesar no balanço e nas contas dos bancos nacionais. Entre as alternativas consideradas pelo executivo estará a venda do malparado, a desconto, a terceiras entidades.

O presidente do BCP afirmou hoje estar totalmente contra a venda forçada de ativos, uma vez que se trata de uma medida que destruidora de capital. Nuno Amado, que falava por ocasião do Forum Banca, organizado pelo Jornal Económico, diz que irá pronunciar-se sobre a eventual proposta do Governo depois de a analisar, mas adianta que enquanto a “gestão ativa dos créditos em incumprimento faz sentido, a venda forçada de ativos não faz sentido. Não podemos vender ativos do dia para a noite”.

Nuno Amado destaca ainda importância de melhorar a eficácia dos processos, desde logo a nível judicial. “É preciso aumentar a rapidez dos processos recuperatórios, até porque qualquer comprador quer uma taxa de rentabilidade que é afectada pelo tempo de recuperação dos créditos”.

Também António Ramalho, presidente do Novo Banco, salienta que é preciso encontrar “soluções que não estoirem capital, como as fire sales, que não destruam a economia portuguesa”.

 

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