A farmacêutica alemã Bayer vai ajudar a produzir a vacina experimental CureVac, depois de a procura por vacinas contra a Covid-19 superar a oferta mundial disponibilizada pelas empresas já aprovadas.
“Estamos a planear produzir 160 milhões de doses adicionais da vacina CureVac em 2022 para expandir ainda mais a rede de abastecimento e capacidade geral, utilizando a rede da Bayer”, aponta a farmacêutica alemã, em comunicado divulgado esta segunda-feira.
Estas doses serão produzidas na fábrica de Wuppertal, uma cidade localizada na região da Renânia do Norte-Vestfália.
Depois de assinarem um contrato de colaboração no passado mês de janeiro, a Bayer mostrou-se disponível a apoiar a disponibilização da CureVac para o mercado ao apoiar operações clínicas, desenvolvimento da fórmula, principais operações territoriais, gestão da cadeia de fornecimento e suporte das operações na União Europeia e outros mercados que demonstrem interesse na vacina ainda experimental.
A CureVac começou os testes à potencial vacina em dezembro e espera apresentar resultados promissores que coloquem a vacina no mercado até ao fim do primeiro trimestre de 2021, sendo ainda submetida para avaliação na Agência Europeia do Medicamento. A Bayer é a última farmacêutica a juntar-se ao esforço para contornar a falta de vacinas, depois da Novartis e da Sanofi anunciarem um acordo com a Pfizer.
Apesar de admitir nunca ter produzido vacinas anteriormente, a Bayer acrescenta que “detém grande experiência no desenvolvimento de produtos biotecnológicos”, o que irá ajudar na produção da vacina da CureVac.
Apoiada pela Fundação Gates, GlaxoSmithKline, Dietmar Hopp e pelo governo alemão, a CureVac apontou capacidade para produzir 300 milhões de doses da vacina até ao fim de 2021, sendo que com a parceria com a Bayer é expectável que esse valor aumente para entre 600 milhões e mil milhões de doses até 2022.
Vários governos europeus têm enfrentado críticas devido ao fornecimento e produção das vacinas depois dos fabricantes AstraZeneca, Pfizer e Moderna anunciarem que não estão a ser capazes de produzir as suas vacinas em massa e à medida que os países, e União Europeia, pedem. Também a União Europeia entrou em confronto com a AstraZeneca depois da farmacêutica anglo-sueca dar prioridade ao contrato que tem com o Reino Unido, realizado três meses antes.
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