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BBVA vê economia nacional a crescer apenas 1,5% este ano

Banco espanhol reviu em três décimas as projeções do crescimento da economia nacional para este ano. Desaceleração da economia global, em particular da europeia, e a “existência de riscos ainda numerosos” pressionam.
16 Abril 2019, 11h59

O BBVA Research reviu em baixa a estimativa de crescimento da economia nacional para este ano. O banco espanhol vê agora o PIB português a crescer 1,5%, três décimas abaixo da anterior projeção, e quatro décimas abaixo da meta do Governo.

“Este cenário apresenta-se num contexto de desaceleração da economia global, em particular da europeia, somada à existência de riscos ainda numerosos”, justifica o BBVA na nota de pesquisa divulgada esta terça-feira.

O Governo reviu esta segunda-feira a meta de expansão da economia nacional para 1,9% para este ano no Programa de Estabilidade 2019-2023. No Orçamento do Estado para 2019, as Finanças tinham como meta um crescimento do PIB de 2,2%.

No início de abril, o Fundo Monetário Internacional (FMI) também reviu em baixa ligeira o crescimento da economia portuguesa este ano e prevê agora uma expansão de 1,7% este ano. As projeções da instituição liderada por Christine Lagarde convergem com as da Comissão Europeia. Também o Banco de Portugal estima que a economia portuguesa deverá continuar a crescer até 2021, mas a um ritmo ligeiramente inferior ao registado nos últimos anos. A instituição liderada por Carlos Costa reviu em baixa ligeira o crescimento do PIB para este ano, estimando uma expansão de 1,7%, com um menor peso das exportações.

De acordo com a economista Angie Suárez, a recuperação da economia nacional “irá prolongar-se”, suportada “pela inércia positiva” da procura interna, que “teria permitido uma evolução de 0,3% do PIB no primeiro trimestre do ano”, assim como de uma “recuperação progressiva da procura externa”.

Fonte: BBVA Research

“Com base nos dados mais recentes, o BBVA Research prevê que o crescimento intertrimestral médio da
economia portuguesa no primeiro trimestre de 2019 se situe em cerca de 0,3% t/t”, refere a nota. Segundo o banco espanhol, “os sinais extraídos dos indicadores da despesa e do mercado de trabalho correspondentes a 2019 sugerem que o consumo privado terá mantido a sua evolução ao longo do primeiro trimestre do ano”.

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