O Banco Central Europeu (BCE) celebra 25 anos num período marcado pelos esforços para alcançar a meta que move a instituição: a estabilidade de preços. A luta para travar a escalada da inflação começou no ano passado, através da inversão do ciclo de política monetária, e ainda não há um fim à vista. Christine Lagarde, presidente do BCE, já avisou que os juros vão ter de continuar a subir.
Apenas a 1 de junho é que o BCE fará um quarto de século, pois só nesse dia, em 1998, é que começou a funcionar a autoridade monetária comum dos 20 países que compõem atualmente a zona euro. Mas as comemorações já arrancaram no banco central que tem como mandato manter a inflação nos 2%.
Contudo, em 25 anos, a taxa de inflação apenas alcançou este patamar durante 16 meses. Em 138 meses, de um total de 290, situou-se entre 1,5% e 2,5%. Agora, está nos 7%, muito distante do objetivo do BCE. Uma escalada dos preços que foi agravada pela guerra na Ucrânia.
“A pandemia e guerra injustificada da Rússia contra a Ucrânia demonstraram que a estabilidade não pode ser dada como garantida. E as crescentes rivalidade geopolíticas podem levar a que a economia global se torne cada vez mais volátil no futuro. Num mundo de incerteza, o BCE tem sido, e continuará a ser, uma âncora de estabilidade”, escreve Christine Lagarde no blog do banco central, num post para assinalar os 25 anos da instituição.
“Mostrámos que conseguimos agir e adaptar-nos rapidamente perante os maiores desafios. Apenas alguns meses depois de me ter tornado presidente do BCE, respondemos rapidamente à pandemia com um conjunto de medidas para apoiar a economia da área do euro”, refere ainda.
The euro is more than a currency, says President Christine Lagarde. It’s a symbol of European integration and stands for a united Europe that works together. We’ll always be a cornerstone of that effort and an anchor of stability.
— European Central Bank (@ecb) May 24, 2023
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Hoje, diz, “estamos a agir com a mesma determinação para travar a inflação. Depois de anos em níveis demasiado baixos, a inflação está agora demasiado alta e deverá permanecer assim durante muito tempo. Isto reduz o valor do dinheiro, o poder de compra e prejudica as pessoas e empresas na zona euro – especialmente os mais vulneráveis”.
É nesse sentido que a presidente do BCE promete “colocar a inflação novamente no alvo de 2% no médio prazo”. Foi “por isso que subimos as taxas de juro a um ritmo recorde”, num trabalho que ainda está por concluir.
Ainda na semana passada, Lagarde afirmou que o banco central precisa de manter as taxas de juro elevadas para combater a inflação no médio prazo. “O nosso objetivo é simples e direto: a estabilidade dos preços. E temos de estar totalmente determinados para cumprir isso”, frisou.
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