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BCE projeta recessão de 7,3% este ano, antes de recuperação de 3,9% em 2021

O ‘staff’ do Banco Central Europeu divulgou hoje as projeções económicas antecipa uma recessão menos profunda para 2020 face às projeções de setembro, que estimavam uma queda do PIB da zona euro de 8% este ano.
10 Dezembro 2020, 14h13

O Banco Central Europeu (BCE) está menos pessimista do que em setembro sobre a recessão provocada pela pandemia de Covid-19 este ano, segundo as projeções económicas apresentadas esta quinta-feira,  mas acredita que a recuperação da economia será mais lenta do prevista anteriormente. .

staff do BCE projeta uma recessão de 7,3% em 2020 num cenário base, isto é, sete pontos base abaixo das projeções de setembro.

“Os riscos para o crescimento económica da zona euro continuam a pressionar, mas estão menos pronunciados”, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, esta quinta-feira, após o anúncio da decisão sobre política monetária.

Em 2021, o BCE projeta um crescimento do PIB da zona euro de 3,9%, o que compara com as estimativas anteriores, que apontavam para uma recuperação de 5%. Para o ano seguinte, a economia deverá expandir 4,2%, acima das projeções anteriores.

“Comparando com as projeções macroeconómicas do staff do BCE, o outlook para a atividade económica foi revisto em baixa no curto prazo, mas deverá recuperar para os níveis projetados no cenário-base de setembro no médio prazo”, adiantou Christine Lagarde. Em 2023, a economia da zona euro deverá crescer 2,1%.

Os outros dois cenários das novas projeções económicas do BCE serão divulgadas esta tarde.

O Conselho de Governadores do BCE, órgão máximo de decisão de política monetária da zona euro, esperou pelas projeções económicas para decidir sobre o processo de ‘recalibragem’ de todos os intrumentos para estimular a economia e que foi hoje anunciado.

O Conselho de Governadores do BCE anunciou esta quinta-feira o reforço do Programa de Compra de Emergência Pandémica (na sigla inglesa, PEPP) em 500 mil milhões de euros, para um total de 1,85 biliões de euros, numa decisão que era esperada pelos analistas, e prolongou o prazo do programa até março de 2022.

Noutra medida anunciada, Frankfurt prolongou a terceira série do TLRO em 12 meses, até junho de 2022 e que criou três operações de financiamento de longo prazo que serão realizadas entre junho e dezembro de 2021.

No que diz respeito às taxas de juro, o BCE resolveu deixar tudo como está. A taxa de juro de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecem em 0%, 0,25% e -0,5%, respectivamente.

No que diz respeito à inflação, o BCE antecipa agora que se fixe em 0,2% este ano, subindo para 1% no ano seguinte, 1,1% em 2022 e 1,4% em 2023. “Comparando com as projeções de setembro, o outlook da inflação foi revisto em baixa para 2020 e 2022″, disse Christine Lagarde.

 

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