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BCE revê em alta: economia da zona euro deve crescer 4,6% este ano e 4,7% em 2022

Lagrade referiu ainda que a inflação anual deverá acelerar este ano para 1,9%, face à previsão de 1,5%, mas salientou que será por razões de efeito base face à quebra no périodo homólogo e os aumento nos preços da energia. Para 2022, o BCE prevê inflação de 1,5% e de 1,4% em 2023.
10 Junho 2021, 13h52

O Banco Central Europeu (BCE) esta quinta-feira reviu em alta as projeções de recuperação economia da zona euro face a março, projetando um crescimento do PIB de 4,6% este ano, o que compara com a prévia projeção de 4%.

O banco central vê a economia dos países da moeda única a crescer 4,7% em 2022, no cenário base, uma revisão em alta dos 4,1% de março, enquanto a a projeção para o crescimento do PIB em 2023 permanece inalterada, segundo os números do staff do BCE, divulgados pela presidente da instituição, Christine Lagarde, em conferência de imprensa.

“Esperamos que o crescimento continue a melhorar de forma forte na segunda metade de 2021, à medida que o progresso nas campanhas de vacinação permite um maior relaxamento das medidas de contenção. No médio prazo, a recuperação da economia da zona euro deverá ser impulsionada por uma procura interna e global mais forte, bem como pela continuação do apoio da política monetária e da política orçamental”, afirmou Lagarde.

Adiantou que, no geral, o BCE considera os riscos em torno das perspetivas de crescimento da zona euro como globalmente equilibrados.

“Por um lado, uma recuperação ainda mais forte pode ser baseada em perspectivas mais promissoras para a procura global e uma redução mais rápida do que o previsto na poupança das famílias, uma vez que as restrições sociais e de viagens tenham sido suspensas”, explicou, acrescentando que, por outro lado, “a pandemia em curso, incluindo a propagação de mutações de vírus, e suas implicações para as condições económicas e financeiras continuam a ser fontes de risco de queda”.

Lagrade referiu que a inflação anual deverá acelerar este ano para 1,9%, face à previsão de 1,5%, mas salientou que será por razões de efeito base face à quebra no périodo homólogo e os aumento nos preços da energia. Para 2022, o BCE prevê inflação de 1,5% e de 1,4% em 2023.

“Esperamos que as pressões de preços subjacentes aumentem ligeiramente este ano, devido a restrições temporárias de oferta e à recuperação da procura doméstica”, explicou a presidente do BCE.  No entanto, as pressões sobre os preços deverão permanecer globalmente moderadas, em parte refletindo as baixas pressões salariais, no contexto de uma retração económica ainda significativa e da apreciação da taxa de câmbio do euro, adiantou.

“Assim que o impacto da pandemia diminuir, a redução do alto nível de folga, apoiada por políticas monetárias e fiscais acomodatícias, contribuirá para um aumento gradual da inflação subjacente no médio prazo. As medidas baseadas em inquéritos e os indicadores baseados no mercado das expectativas de inflação a mais longo prazo permanecem em níveis moderados, embora os indicadores baseados no mercado tenham continuado a aumentar”, vincou.

[Atualizada às 14h20]

https://jornaleconomico.pt/noticias/bce-mantem-programa-de-compra-inalterado-mas-reitera-ritmo-acelerado-de-aquisicoes-749164

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