BCP alcança máximos de 2016 e bolsas europeias corrigem após recorde. Exportações marcam o dia

O BCP registou máximos de nove anos e a bolsa de Lisboa foi palco de um sentimento positivo na sessão de sexta-feira, 14 de fevereiro, a superar as mais importantes praças europeias.

O índice PSI subiu 1,04% e alcançou os 6.654 pontos, a beneficiar sobretudo da valorização expressiva no único banco que faz parte do índice de referência de Lisboa.

O BCP foi protagonista de um incremento de 3,70% nas ações, que assim acumularam ganhos de 6,3% no total da semana e encerraram nos 0,5324 euros, o que equivale a um máximo de nove anos, já que desde 2016 que o preço não chegava àquele patamar.

Seguiram-se subidas de 3,01% para 19,83 euros na Jerónimo Martins e 2,00% para 6,63 euros nos CTT.

Em sentido contrário, a Navigator tombou 3,83% e os títulos ficaram-se pelos 3,416 euros nas negociações, ao passo que a Galp recuou 1,02% para 16,02 euros.

Lá fora, foi conhecido o comportamento da economia da zona euro e da União Europeia no quarto trimestre. Os dados do Eurostat indicam crescimentos de 0,9% e 1,1% naquele período, ao passo que as contas totais para 2024 apontam a aumentos do PIB na ordem 0,7% e 0,9%, pela mesma ordem.

Os dados aproximam-se das expetativas que existiam entre os analistas e prova disto é que não houve um sentimento definido entre os índices de referência das principais congéneres europeias. O índice agregado Euro Stoxx 50 contraiu 0,17%, ao mesmo tempo que houve quedas de 0,44% na Alemanha e 0,46% no Reino Unido.

Significa isto que o índice de referência de Berlim e o Euro Stoxx 50 corrigiram a fechar a semana, depois dos máximos históricos atingidos. No caso do DAX, o máximo foi registado na quinta-feira, ao passo que o índice que agrega as 50 maiores cotadas das praças europeias.

Ainda assim, o sul da Europa encerrou no ‘verde’, com subidas de 0,18% em Espanha e França, ao passo que Itália se adiantou 0,28%.

Durante a última semana, muito se falou de comércio internacional, em função das tarifas prometidas e outras que já foram mesmo impostas pelos EUA, por decisão do presidente Donald Trump. Esta segunda-feira, o mesmo tema vai voltar a estar em cima da mesa, já que o Eurostat revela a balança comercial da área do euro e do bloco europeu referente a dezembro.