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BCP caiu mais que o setor na Europa e PSI-20 fechou em queda com a Europa

Os mercados europeus terminaram em baixa, num dia marcado sobretudo pela publicação de indicadores económicos nos dois lados do Atlântico.
Paulo Whitaker/Reuters
1 Outubro 2019, 18h11

A Bolsa de Lisboa fechou em queda, com o PSI-20 a perder 0,50% para 4.948,99 pontos.

O BCP manteve-se em queda (-1,68% para 0,1874 euros) no dia em que deu a conhecer através de comunicado a fusão do Bank Millennium, uma subsidiária por si detida a 50,10%, com o Euro Bank na Polónia.

O BCP caiu mais que o setor na Europa que recuou 1,50%.

A maior queda coube à Navigator (-2,99% para 3,184 euros). A segunda maior queda coube à Pharol (-1,97%) e a terceira aos CTT que corrigiram dos ganhos de ontem (-1,79% para 2,086 euros). A Corticeira Amorim recuou -1,71% para 9,8 euros e a Mota-Engil desceu -1,60% para 1,782 euros. Destaque ainda para a papeleira Altri que perdeu -1,39%.

Nas subidas a Sonae avançou 1,11%, um dia depois de ter informado que concluiu a operação de venda e posterior arrendamento (sale and leaseback) de 2 ativos de retalho alimentar localizados em Portugal. Esta operação totalizou 24,4 milhões e gerou um ganho de capital estimado de 10,9  milhões.

A Jerónimo Martins fechou em baixa de -1,23% para 15,29 euros. Segundo a mesma fonte, a Morgan Stanley reiniciou a análise destas ações, tendo atribuído um preço-alvo de 16,90 € e uma recomendação de «equal-weight».

A EDP também se valorizou (+0,39%), ao contrário da EDP Renováveis que caiu 0,61%. O grupo informou ontem que através da EDP Renováveis assegurou 421 milhões de dólares através de um financiamento “Tax Equity”, com o Bank of America, em troca de um interesse económico num portfolio de projetos eólicos onshore de 405 MW. Os projetos estão localizados no estado de Illinois e têm garantidos contratos de aquisição de energia de longo-prazo. A elétrica acrescenta no comunicado que a estrutura de parceria institucional estabelecida permite uma utilização eficiente dos benefícios fiscais gerados pelo projeto.

A NOS subiu 1,70%, após a Bloomberg ter reportado que o Santander elevou a recomendação das ações de “underweight” para “comprar”. O preço-alvo para 2020 é de 6 euros por ação.

Os principais índices de ações europeus encerraram a sessão em baixa, tendo agravado a queda após a revelação, às 15h, de que a atividade industrial nos EUA agravou inesperadamente o ritmo de contração em setembro, quando o mercado esperava uma recuperação do indicador para território neutro (linha que separa contração de expansão), explica o analista do BCP, Ramiro Loureiro, que adianta que esta “comunicação levou a uma depreciação do dólar face ao euro e o ouro atuou como ativo refúgio, em sentido inverso do dólar”.

O EuroStoxx 50 perdeu -1,23% para 3.525,72 pontos. As principais praças fecharam em queda. O FTSE 100 caiu 0,65% para  7.360,32 pontos; o DAX deslizou -1,32% para 12.263,83 pontos; o CAC 40 desceu 1,41% para 5.597,63 pontos; o FTSE MIB recuou 0,81% para 21.927,57 pontos e o IBEX recuou 0,85% para 9.165,90 pontos.

Todos os setores de atividade fecharam em baixa e muitos deles com perdas superiores a 1%, diz o analista do BPI.

Em termos de indicadores económicos, foram hoje publicados os indicadores de atividade industrial na zona euro. Em setembro, o índice PMI (Purchasing Managers’ Index) ajustado de sazonalidade na indústria da zona euro relativo ao setor industrial na zona caiu para 45,7, acima dos 45,6 esperados, mas abaixo da barreira dos 50 pontos. Na Alemanha, este indicador situou-se nos 41,7, o menor valor desde 2009.

Este clima gera receios de recessão nos investidores e por isso as bolsas acabaram por ceder.

Adicionalmente, o Eurostat estima que a taxa de inflação na região da moeda única caiu de 1% em agosto para 0,90% em setembro, diminuindo 0,1 p.p. face ao registado no mês anterior (1,0%), o que corresponde ao valor mais baixo desde novembro de 2016.

“A limitar o impacto nos mercados de ações continuam as expectativas de que a política monetária dos Bancos Centrais será capaz de atenuar os efeitos do arrefecimento económico. Até porque a taxa de juro zero na Zona Euro e o corte nos EUA leva os investidores a procurarem alternativas aos tradicionais depósitos a prazo”, diz o analista do Millennium BCP.

O barris de Brent, em Londres, está a descer 0,69% para 58,84 dólares e o crude West Texas Intermediate cai 1,05% para 53,50 dólares.

O mercado de dívida soberana os juros da dívida alemã estão a subir 0,7 pontos base para -0,564%. A dívida portuguesa agrava 1,5 pontos base para 0,176% e a dívida espanhola agrava 0,7 pontos base para 0,152%. A dívida italiana agrava 3,6 pontos base para 0,858%.

O euro subiu 0,35% para 1,0937 dólares.

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