BCP, CTT, Ramada e Galp animam Bolsa de Lisboa. Europa fecha no verde

O PSI-20 fechou a subir 0,41% para 5.020,86 pontos, em linha com as outras bolsas europeias. A ajudar à subida estiveram as valorizações das ações dos CTT (+3,17% para 3,75 euros); do BCP (+2,40% para 0,1153 euros); da Ramada que avançou +3,62% para 6,30 euros e da Galp que ganhou +1,67% para 9,50 euros.

A Ibersol e a NOS também fecharam em alta de +1,64% e +1,62% respectivamente para 6,20 euros e 3,14 euros.

Em queda destacaram-se os títulos da EDP que recuaram 1,53% para 4,82 euros; da sua EDP Renováveis (-0,97% para 20,52 euros) e da Corticeira Amorim que perdeu -1,48% para 9,99 euros.

Hoje a EDP Renováveis noticiou que ganhou um contrato de venda de energia em Espanha. A empresa, detida a 74,98% pela EDP, assegurou um contrato a 15 anos com a MSD para a venda da energia limpa produzida por um projeto eólico com 40 MW em Espanha. O projeto está localizado em Albacete e deverá entrar em operação em 2023.A EDPR tem agora 0,4 GW de capacidade assegurada em Espanha que vai entrar em operação a partir de 2021.

Já a Galp apresentou as suas contas trimestrais. O EBITDA cresceu e os lucros recuaram. O EBITDA ajustado (RCA) do 1.ºtrimestre cresceu 6,4% em termos homólogos, para 499 milhões de euros (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, numa base ‘replacement cost’ ajustado).

O resultado líquido ajustado (RCA) trimestral da Galp caiu 10,3% para 29 milhões de euros. O free cash flow de 518 milhões compara com 90 milhões em igual trimestre de 2020.

A dívida líquida teve uma leve redução face a 31 de dezembro de 2020, para 7,204 mil milhões de euros no final de março. Rácio de dívida líquida da Galp situa-se nas 1,1x EBITDA.

Já a Corticeira Amorim, que fechou em queda na bolsa, anunciou que já tem data de dividendo. O grupo vai pagar 0,185 euros por ação a partir de 17 de maio de 2021, o que traduz uma dividend yield de 1,8% considerando a cotação de fecho de 23 de abril. As ações deixam de conferir direito ao mesmo a partir de 13 de maio, inclusive.

Na Europa, os sectores das viagens e dos recursos naturais estiveram em destaque, segundo o analista Ramiro Loureiro, Analista de Mercados  do Millennium investment banking.

O FTSE 100 de Londres avançou 0,35% para 6.963,12 pontos; o CAC 40 fechou em alta de 0,28% para 6.275,5 pontos; o DAX subiu 0,11% para 15.296,3 pontos; o FTSE MIB ganhou 0,52% para 24.513,8 pontos e o IBEX valorizou 0,97% para 8.701,9 pontos.

O índice espanhol foi impulsionado pelas valorizações de Santander (+2,35%) e BBVA (+2,85%).

O EuroStoxx 50 subiu 0,19% para 4.020,83 pontos.

O setor Viagens & Lazer subiu, “após a Comissão Europeia afirmar que a União Europeia irá permitir que turistas norte-americanos vacinados possam visitar o bloco este verão”, segundo o analista do BCP.

O de Recursos Naturais também esteve animado durante a sessão, suportado pelo aumento dos preços do cobre e do minério de ferro, à medida que os investidores apostam numa recuperação industrial.

Já o setor Auto a Volkswagen (-0,89%) sinalizou que a escassez de chips irá causar um impacto maior na produção do 2.ºtrimestre.

No plano macroeconómico chegou a indicação de que o clima empresarial na Alemanha melhorou em abril, sustentado pela melhoria da perceção na situação atual, pese embora as expectativas para os próximos meses se terem degradado. Em Itália o primeiro-ministro Mario Draghi vai ao Parlamento apresentar os detalhes de um pacote de estímulos de 222 mil milhões de euros.

O euro cai 0,12% para 1,2083 dólares.

No mercado de dívida soberana, os juros alemães a 10 anos sobem 0,53 pontos base para -0,25%. Ao passo que os juros da dívida portuguesa sobem 0,39 pontos base para 0,40%. Espanha também com os juros a subirem 0,35 pontos base para 0,40% também, e Itália tem os juros a agravarem 1,89 pontos base para 0,80%.

A cotação dos futuros do petróleo Brent, no mercado de Londres, cai 0,45% para 65,81 dólares o barril.