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BCP dispara com Jefferies e puxa por Bolsa de Lisboa. Itália foi a estrela na Europa

O facto de a Comissão Europeia ter dito que não vê razões para avançar com um processo disciplinar contra Itália, provou uma queda colossal dos juros da dívida italiana. Por cá o BCP e a Mota-Engil brilharam na bolsa.
3 Julho 2019, 18h10

O BCP fechou a subir 2,19% para 0,2805 euros, depois da Jefferies ter subido o preço-alvo do BCP em 45% e recomendar a  ”comprar” das ações. O PSI 20 subiu 0,62% para 5.180,84 euros.

A Mota-Engil também ajudou à subida do PSI20, ao valorizar 2,48% para 1,939 euros. A REN subiu 1,64% para 2,480 euros; a EDP Renováveis valorizou 1,57% para 9,030 euros; a EDP ganhou 1,50% para 3,446 euros; e a Jerónimo Martins avançou 1,52% para 14 euros.

A Europa fechou no verde, mais uma vez. A resolução do impasse nas nomeações para os cargos de topo da União Europeia também ajudou.

O EuroStoxx 50 subiu 0,88% para 3.538,81 pontos. Londres fechou em alata de 0,66% para 7.609,3 pontos; o CAC 40 subiu 0,75% para 5.618,81 pontos; e o DAX ganhou 0,71% para 12.616,24 pontos; o FTSE MIB avançou 2,4% para 21.905,34 pontos; e o IBEX fechou em alta de 1,22% para 9.394,4 pontos.

Ontem deu-se o acordo para os cargos de topo da UE em que se ficou a saber que a Comissão Europeia fica para a alemã Ursula von der Leyen (do PPE) sendo primeira mulher a ocupar o cargo; o Conselho Europeu fica para o primeiro-ministro belga, Charles Michel (liberal); e Christine Lagarde vai substituir Mario Draghi no BCE. Para os socialistas fica o cargo de alto representante para as relações externas da UE (o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, Josep Borrel, será o responsável pela pasta) e conseguiram a primeira vice-presidência da Comissão Europeia, que ficará para o candidato socialista à Comissão Europeia, Frans Timmermans. A presidência do Parlamento Europeu ficará dividida entre os conservadores do PPE e os socialistas europeus (metade do mandato para Manfred Weber, o spitzenkandidat (é um termo alemão que significa “topo da lista”) do PPE, e metade para o italiano David-Maria Sassoli.

Segundo o analista da Mtrader, Ramiro Loureiro, a banca italiana esteve em bom plano.

“Os investidores foram ganhando otimismo com a divulgação da aceleração da atividade terciária na Zona Euro, suportando a atividade na região e afastando alguns receios em torno da economia”, disse Ramiro Loureiro.

O índice italiano destacou-se com uma valorização acima dos pares, depois da Comissão Europeia ter dito que não vê razões para avançar com um processo disciplinar contra Itália. “A notícia foi bem recebida pela banca italiana, com o BCP a acompanhar o movimento”, escreveu o analista.

Ao nível da macroeconomia, o ISM Serviços cai para mínimos de 2017 e a aceleração dos Serviços puxa por atividade na Zona Euro.

O PMI (Purchasing Managers’ Index) nos Serviços da Zona Euro registou, em junho de 2019, um valor de 53,6 pontos, que compara com 52,9 pontos no mês precedente. A variação mensal do indicador representou o maior crescimento desde outubro de 2018. O Índice encontra-se, assim, acima do limiar da neutralidade (50,0 pontos).

A dívida alemã caiu 1,8 pontos base para -0,385%; a dívida portuguesa caiu 7 pontos base para 0,294%; a dívida espanhola caiu 7,9 pontos base para 0,214%; e a italiana beneficiando da notícia da Comissão Europeia ter dito que não vê razões para avançar com um processo disciplinar contra Itália, caiu 25,2 pontos base para 1,584%.

O euro caiu 0,02% para 1,1283%.

O Brent em Londres está a subir 1,54% para 63,36 dólares.

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