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BCP dispara mais de 4% com declarações do CEO da Sonangol. Europa fecha no verde

Os mercados acionistas europeus fecharam em alta pela terceira sessão, com os investidores otimistas com os desenvolvimentos positivos na China e a descida da inflação na Alemanha e França.
4 Janeiro 2023, 17h46

O PSI fechou em alta (+0,64%) de 5.866,87 pontos com as ações do BCP a liderarem as subidas. O banco fechou com ganhos de +4,03% a cotar 0,1627 euros. Hoje numa entrevista à agência Reuters o Chief Executive Officer (CEO) da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, disse que a petrolífera quer manter as participações acionistas na Galp e no BCP, onde é um acionista estratégico de ambas.

As ações da EDP avançaram +3,05% para 4,86 euros; a Jerónimo Martins subiu +2,75% para 20,90 euros; a Mota-Engil ganhou +2,70% para 1,218 euros; os CTT também fecharam destacadamente em alta (+1,76%  para 3,19 euros) e a Sonae valorizou +1,41% para 0,9695 euros.

Em sentido contrário a Galp tombou -3,84% para 12,28 euros; a Altri perdeu -2,13% para 5,05 euros e a Navigator recuou -1,08% para 3,47 euros.

Na Europa, as bolsas europeias mantiveram a tendência ascendente com que iniciaram a sessão e fecharam em forte valorização, “animadas pela divulgação de que a inflação em França terá abrandado mais que o esperado em dezembro, para os 5,9%, com o índice de preços no consumidor a recuar inesperadamente face ao mês anterior, ajudando a defender a ideia de que o pico de inflação na Europa poderá já ter ocorrido”, segundo o analista da MTrader, Ramiro Loureiro.

A sessão foi marcada pelos bons dados macroeconómicos divulgados na Zona Euro,

“Dados de atividade na Zona Euro, divulgados esta manhã, também trouxeram ânimos aos investidores, com a leitura dos serviços a abrandar o ritmo de contração em dezembro, a registar uma leitura muito próxima do território de expansão”; refere o BCP que destaca que “no seio empresarial”, a Prosus disparou 5,42% após anunciar a venda de ações da Tencent.

Empresas de luxo também estiveram em destaque, levando o setor de Consumo ao pódio no universo Stoxx600, após uma nota positiva de uma casa de investimento (o Goldman Sachs) à Burberry. Já o setor Energético é o que mais caiu, com a descida dos preços do petróleo, levando empresas como Galp às perdas, atrasando assim o PSI.

O analista do Millennium BCP destaca a “abertura de Nova-Iorque que conferiu ainda mais otimismo entre os investidores europeus, com Wall Street a tentar a primeira sessão positiva do ano, após as últimas duas sessões negativas. Isto mesmo depois da divulgação de dados macroeconómicos, que apontam para um mercado de trabalho ainda resiliente, e após a revelação de que a atividade industrial registou, em 2022, a maior queda anual desde 2008. No entanto, há bons ventos vindos da China a puxarem por todo o sentimento, com sinais de maior abertura regulatória muito animadores, em especial para o setor tecnológico”.

O EuroStoxx 50 subiu 2,36% para 3.973,97 pontos e o Stoxx 600 avançou 1,34%.

Londres foi a praça que subiu menos pois valorizou 0,41% para 7.585,2 pontos. Depois o francês CAC 40 fechou com ganhos de 2,30% para 6.776,4 pontos; o DAX fechou a subir 2,18% para 14.490,8 pontos; o FTSE MIB fechou a subir 1,74% para 24.860,6 pontos; e o IBEX subiu 1,93% para 59.754,4 pontos.

No mercado dos futuros do petróleo, o Brent recua 4,13% para 78,71 dólares.

O Eurostat deverá revelar na sexta-feira uma descida pronunciada na inflação da Zona Euro em dezembro, no segundo mês consecutivo de alívio que vai retirar pressão ao BCE do aperto da política monetária, segundo os analistas. O euro aprecia 0,64% para 1,0615 dólares.

A yield das obrigações alemãs a 10 anos está a ceder 11,63 pontos base para 2,27%, sendo que na generalidade dos países europeus o alívio também é de dois dígitos. Portugal tem os juros a caírem 14,40 pontos base para 3,25%; Espanha recua 14,28 pontos base para 3,30%; Itália tem os juros a caírem 22,16 pontos base para 4,27% e a Grécia desce 11,42 pontos base para 4,48%.

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