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BCP passa marca dos 8,1 mil milhões a uma semana dos resultados

O ânimo dos mercados é notório e já vem de trás, impulsionado por sucessivos ‘upgrades’. Mais recentemente, beneficia das contas de outras empresas do setor e da possibilidade de o Novo Banco passar a estar cotado na praça lisboeta.
18 Fevereiro 2025, 07h00

O Millenium BCP está em alta nos mercados. Os últimos anos têm sido marcados por uma tendência de subida e a capitalização de mercado superou agora máximos dos últimos nove anos, ao alcançar um patamar a que não chegava desde 2016.

Dada por encerrada a sessão de segunda-feira, o único banco cotado no índice PSI, o índice de referência da bolsa de Lisboa, valorizou 1,24% e as ações atingiram o valor mais alto desde 2016, nos 53,9 cêntimos. Significa isto que a capitalização de mercado ascendeu a mais de 8,14 mil milhões de euros.

O ânimo dos investidores é notório e não é de agora. Se, entre 2020 e 2022, a tendência geral foi de estabilidade nos títulos, os dois anos seguintes ficaram marcados por subidas generalizadas. No presente ano de 2025, o sentimento mantém-se e o BCP alcançou mesmo a cotação mais alta dos últimos nove anos da sua história.

Se, após o período de pandemia, a subida das taxas de juro por parte do BCE impulsionou os títulos da banca de capital aberto, um pouco por toda a Europa, o passado mais recente fica marcado por várias upgrades do preço-alvo atribuído às ações por determinadas firmas.

O caso mais recente é o da Mediobanca, divulgado na última quinta-feira, que aponta para um price target na ordem dos 59 cêntimos por título, ao mesmo tempo que sobe a recomendação para “outperform”, sinalizando que o BCP está a registar um desempenho acima da média do setor.

Por outro lado, os ganhos são potenciados pelas contas já apresentadas por outros players da banca nacional, genericamente positivas. Estas deixam aos investidores boas perspetivas sobre os resultados do banco, que assim se espera que sejam amplamente positivos.

Recorde-se que a apresentação de resultados está marcada para o dia 26 de fevereiro e a respetiva conference call vai ter lugar no dia seguinte.

Em simultâneo, o sentimento positivo está a ser impulsionado pelo anúncio feito na semana passada pelo próprio Miguel Maya, CEO do BCP, de que o banco vai aumentar o payout aos acionistas até metade dos lucros anuais.

Tudo somado, as expetativas do mercado apontam para que sejam conhecidos os dividendos mais elevados da história do BCP.

Ao mesmo tempo, os sinais de que o Novo Banco pode passar a estar cotado na praça lisboeta também potenciam a avaliação que os investidores e analistas fazem dos títulos. Aquela instituição está a apontar a entrada em bolsa para junho ou setembro deste ano e a ideia passa por, meses depois, ingressar no índice PSI.

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