BCP regista menos valias com vendas de imóveis de 3 milhões nos nove meses
Miguel Maya apresenta nas contas do terceiro trimestre uma queda dos outros proveitos de 68,6 milhões para 20,1 milhões de euros num ano (nove meses de 2020 versus nove meses de 2019). Em boa parte devido a perdas de 143,7 milhões nos outros proveitos líquidos de exploração. Aqui está incluída a perda com a venda de imóveis.
O banco vendeu nos nove meses 1.500 imóveis, dos quais 500 no trimestre. O BCP encaixou 172 milhões de euros em imóveis, com menos valia de 3 milhões face ao valor líquido de imparidades.
O BCP reportou uma perda de 72,3 milhões em Portugal na rubrica outros proveitos líquidos, para o que contribuiu uma menos valia de 3 milhões com a venda de imóveis recebidos em dação (inclui já as comissões de intermediação). O que compara com mais valias do 22 milhões no ano anterior. A combinação dos dois totaliza uma evolução negativa de 25 milhões de euros.
Os proveitos de exploração líquidos incluem contribuições obrigatórias de 149,1 milhões, e em Portugal apenas essas somam 70,1 milhões, mais 5,1% que um ano antes.
“Os outros proveitos de exploração líquidos incluem contribuições obrigatórias de 149,1 milhões e resultados líquidos de comissões de intermediação em vendas de imóveis em Portugal de -3,2 milhões de euros o que compara com proveitos de exploração líquidos que incluem contribuições obrigatórias de 133,9 milhões, e resultados líquidos de comissões de intermediação em vendas de imóveis em Portugal de +21,8 milhões, e +4,7 milhões maioritariamente na venda de títulos em Moçambique”, diz o banco.
O BCP pagou quase seis milhões de adicional de solidariedade, o novo imposto sobre a banca.
As contribuições do sector bancário somaram 29,6 milhões, a que soma 15,1 milhões para o Fundo de Resolução português e os 5,9 ,milhões de adicional de solidariedade.
Os resultados de operações financeiras caíram no consolidado de 119,1 milhões para 143,7 milhões e na atividade doméstica caíram de 48 milhões para 46,8 milhões.
O BCP ainda não concluiu a venda das carteiras de ativos improdutivos. O banco tem no mercado as carteiras de ativos problemáticos “Webb” e “Ellis” no valor global de 750 milhões de euros.
