A Sport Lisboa e Benfica – SAD (Benfica SAD) recebeu no dia 12 de maio de 2025 dois comunicados de participação qualificada de Jean-Marc Chapus e Elliot Holton Hayes, enquanto representantes da LSP Lisbon (Scotland) Limited e da LSP Lisbon LLL, ou seja, Lenore Sports Partners.
Nos comunicados, a Benfica SAD é informada sobre a imputação a Jean-Marc Chapus, Elliot Holton Hayes (ambos no board da LSP) e a LSP Lisbon Limited (Scotland) e LSP Lisbon LLC de direitos de voto inerentes a ações representativas de 5,24% do capital da SAD.
“De acordo com as informações recebidas pela Benfica SAD do seu acionista Sport Lisboa e Benfica, o Clube ainda não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência na transmissão de parte das ações acima referidas, pelo que, cautelarmente, requereu a nulidade da venda, não tendo o Clube sido notificado de qualquer despacho relativamente a essa arguição”, lê-se no comunicado.
Isto significa que uma parte deste bloco de ações terá resultado da aquisição das ações que pertenciam ao ex-presidente do clube Luís Filipe Vieira, que tinha 3,28% do capital, uma participação que tinha sido penhorada pelo Novobanco e foi a leilão na semana passada. A vendas das ações do ex-presidente Luís Filipe Vieira em leilão continua a ser contestada pelo Benfica que reclama direito de preferência.
Adicionalmente, “a Benfica SAD encontra-se a diligenciar, junto das entidades referidas, no sentido de obter as informações necessárias para averiguar se as disposições estatutárias sobre a aquisição de ações da Benfica SAD por entidades concorrentes são ou não aplicáveis neste âmbito”, avança a sociedade em comunicado à CMVM.
O comunicado que a SAD recebeu diz que, a partir de 6 de maio de 2025, que Jean-Marc Chapus adquiriu “um bloco de ações representativas de 3,28%do capital social e dos direitos de voto da Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD, sendo 3,39% do capital social e dos direitos de voto provenientes das ações detidas por Jean-Marc Chapus e 1,85% do capital social e dos direitos de voto imputáveis a Jean-Marc Chapus na qualidade de pessoa colectivamente dominante da LSP Lisbon (Scotland) Limited, nos termos do artigo 20.º, n.º 1, alínea b), do Código dos Valores Mobiliários”.
Por sua vez, os 3,39% do capital social e dos direitos de voto provenientes das ações detidas por Jean-Marc Chapus eram imputáveis à LSP Lisbon (Scotland) Limited; e os 5,24% do capital social e dos direitos de voto atribuíveis (imputáveis) à LSP Lisbon (Scotland) Limited eram também atribuíveis (imputáveis) à LSP Lisbon LLC e a Elliot Holton Hayes “nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários”.
A 12 de maio de 2025, Jean-Marc Chapus transmitiu à LSP Lisbon Limited (Scotland) ações representativas de 3,28% do capital social e dos direitos de voto da Benfica SAD.
“Assim, à data de hoje, a LSP Lisbon Limited (Scotland) detém ações representativas de 5,13% do capital social e dos direitos de voto da Sport Lisboa e Benfica – Futebol SAD e 0,11% do capital social e dos direitos de voto das ações ainda detidas pelo Jean-Marc Chapus são-lhe igualmente imputáveis”.
Por sua vez, os 5,13% do capital social e dos direitos de voto decorrentes das ações detidas pela LSP Lisbon Limited (Scotland) são igualmente imputáveis a Jean-Marc Chapus.
A LSP Lisbon e. Jean-Marc Chapus comunicam a atribuição de 5,24% do capital e dos direitos de voto da Benfica SAD.
Esta semana, ao Jornal Económico e ao Jornal de Negócios, José António dos Santos, empresário conhecido como “Rei dos Frangos” que detém 16,38% do capital da Benfica SAD (entre participação individual e o conjunto de ações pertencentes ao Grupo Valouro), diz que ou vende todas as ações ou não vende nada, e que só de 12 euros “para cima” cada uma — quando no mercado estão a valer cerca de quatro euros.
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