A Yunit Consulting, em parceria com o Santander Portugal, acaba de lançar o Simulador PT2030, uma plataforma digital intuitiva e gratuita, desenhada para simplificar o acesso das empresas portuguesas aos incentivos financeiros do Portugal 2030. A nova ferramenta permite simular a elegibilidade dos projetos empresariais, estimar o montante de apoio a fundo perdido e comparar os diferentes cenários de financiamento com base nos critérios oficiais dos avisos em vigor.
“O Simulador Portugal 2030 nasceu da necessidade concreta de democratizar o acesso à informação sobre os fundos comunitários e de responder de forma pragmática à pergunta que ouvimos recorrentemente no terreno: ‘Qual o melhor incentivo para o meu projeto e como posso beneficiar com o Portugal 2030?’. Durante anos, a complexidade dos sistemas de incentivos afastou muitas PME dos fundos europeus, gerando adiamentos e, em muitos casos, o abandono de projetos estratégicos”, afirma Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting, ao Jornal Económico.
O grande desafio foi, precisamente, transformar essa complexidade em simplicidade, ou seja, cruzar o rigor técnico e os critérios dos avisos do Portugal 2030 com a realidade concreta de cada projeto empresarial. “Com o Simulador Portugal 2030, colocamos ao dispor das PME uma solução tecnológica robusta que incorpora o conhecimento técnico e a nossa experiência de mais de 15 anos a trabalhar os fundos europeus (desde o QREN). Isto significa que qualquer empresário pode, em menos de seis minutos, perceber se o seu projeto de investimento cumpre, ou não, as condições mínimas para avançar com uma candidatura”, acrescenta Bernardo Maciel.
Este modelo híbrido (tecnologia para diagnóstico rápido e consultoria para apoio estratégico na candidatura) permite descomplicar o processo e garantir que o acesso aos fundos deixa de estar reservado a uma minoria que domina os trâmites burocráticos. “Estamos a criar um novo paradigma no que diz respeito ao acesso à informação sobre o financiamento europeu: mais transparente, mais ágil e acessível a todos”, sublinha o responsável ao Jornal Económico.
Durante anos, a complexidade dos sistemas de incentivos afastou muitas PME dos fundos comunitários, contribuindo para decisões de investimento adiadas ou abandonadas. “Aliás, foi precisamente para estas empresas — que têm talento, ideias e ambição, mas que não têm pessoas a olhar todos os dias para este tema — que desenvolvemos o Simulador Portugal 2030. Trata-se de uma verdadeira ‘porta de entrada’ para os incentivos do Portugal 2030, porque dá respostas rápidas a perguntas estruturais: ‘Sou elegível?’, ‘Quanto posso receber?’, ‘Vale a pena avançar?’”, acrescenta.
O processo é simples: sem reuniões, sem formulários complexos, sem jargões técnicos. Em poucos minutos, o empresário obtém um diagnóstico realista e pode, se assim o desejar, avançar com o apoio especializado da nossa equipa na formalização da candidatura. A plataforma cobre, nesta primeira fase, os seguintes sistemas de incentivos: SICE Inovação Produtiva (Projetos da Indústria e Turismo), SIID Investigação e Desenvolvimento Empresarial (atualizado com o aviso lançado a 28 de fevereiro de 2025), SICE Qualificação das PME e SICE Internacionalização das PME. “Ao disponibilizar esta ferramenta a todos os empresários, abrimos um leque de possibilidades tremendo. Estamos a falar de milhares de decisões de investimento mais conscientes, mais informadas e mais bem estruturadas. E isso traduz-se diretamente em modernização, digitalização, exportações e, claro, emprego qualificado. O nosso objetivo é contribuir ativamente para o reforço da competitividade e da sustentabilidade da economia portuguesa”, conclui Bernardo Maciel.
Portugal 2030
Bernardo Maciel acredita que o Portugal 2030 tem condições para ser um programa mais claro e mais alinhado com os desafios das empresas e do nosso país, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade, inovação e competitividade. No entanto, a verdadeira acessibilidade não depende apenas do desenho dos programas, mas sim da capacidade que o país tiver de os tornar compreensíveis e acionáveis para quem realmente investe: os empresários. “Ao investirmos numa comunicação clara e em capacitação estratégica, estamos a construir um caminho para que os fundos europeus se tornem uma verdadeira alavanca de crescimento e inovação”, afirma o CEO.
A verdade é que, a cerca de dois anos do encerramento previsto do Quadro Comunitário Portugal 2030, os dados revelados recentemente pelo Portugal 2030 indicam que, até 31 de março, apenas 29% dos 22.995 milhões de euros de fundos programados para 2021-2027 tinham sido aprovados. Além disso, o fundo executado foi de 1.564 milhões, o que corresponde a uma taxa de execução de 6,8%. “É aqui que iniciativas como o Simulador Portugal 2030 fazem a diferença. Porque não basta haver fundos disponíveis, é preciso que os empresários saibam como, quando e porquê recorrer a eles. A nossa missão vai muito além de ajudar as empresas a aceder aos fundos – é transformar desafios em oportunidades e criar impacto no tecido empresarial português, fazendo das PME Grandes Empresas”, sublinha Bernardo Maciel.
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