A Câmara dos Representantes deu a aprovação final a uma das maiores medidas de estímulo económico na história dos Estados Unidos, um projeto de lei de 1,9 biliões de dólares (1,5 biliões de euros) para combater o impacto da pandemia de Covid-19 em território americano. A aprovação dos estímulos é encarada como a primeira grande vitória de Joe Biden desde que se tornou presidente dos EUA, segundo a “Reuters”.
Serão atribuídos 400 mil milhões de dólares (335 mil milhões de euros) em vales diretos de 1.400 dólares (1.174 euros) à maioria dos norte-americanos. Em ajudas aos governos estaduais, será atribuída uma verba de 350 mil milhões de dólares (293 mil milhões de euros). Adicionalmente, parte do dinheiro será utilizado para expandir o crédito tributário infantil e garantir um maior financiamento para a distribuição de vacinas.
A aprovação na câmara controlada pelos democratas, acontece sem qualquer apoio republicano após semanas de debate entre os partidos e disputas no Congresso. Os democratas descreveram a legislação como uma resposta crítica a uma pandemia que já matou mais de 528 mil pessoas nos EUA e ceifou milhões de empregos.
“Este é um dia histórico. É o começo do fim da grande depressão do Covid-19 ”, disse o deputado democrata Jan Schakowsky.
Por sua vez, os republicanos disseram que a medida o pacote de estímulos era dispendioso demais e estava repleta de prioridades progressivas inúteis. Os republicanos acrescentaram que a pior fase da maior crise de saúde pública num século já passou e a economia já caminha para uma recuperação.
“É o plano errado na hora errada por tantos motivos errados”, disse o deputado republicano Jason Smith.
Biden planeia assinar o projeto de lei na sexta-feira, dia 12, segundo as informações oficiais da Casa Branca.
Os democratas estavam ansiosos para levar o projeto de lei final à mesa de Biden para a sua assinatura antes que os atuais benefícios federais de desemprego expirem a 14 de março. A Câmara, que aprovou uma versão anterior da legislação, teve de se reunir novamente para aprovar as mudanças feitas no Senado durante o fim de semana.
“Tem havido muita conversa sobre este pacote ser muito grande e muito caro, mas se houve um momento para crescer, deveria ser este”, disse o deputado democrata Richard Neal.
A Câmara rejeitou a tentativa da deputada republicana Marjorie Taylor Greene de atrasar os procedimentos, pedindo um adiamento – pela quarta vez desde que assumiu o cargo em janeiro.
A Câmara teve 235 a favor contra 149 para, obtendo a aprovação.
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