A BioNTech passou de lucros de 311,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2023 para prejuízos de 1.122,9 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano. A empresa de biotecnologia alemã, que se tornou mais mediática durante a pandemia pela vacina que fez com a Pfizer, também teve uma queda nas receitas.
As vendas caíram 78% em termos homólogos para 316,3 milhões de euros. A queda deveu-se sobretudo a menores vendas das vacinas contra a Covid-19 em todo o mundo, uma vez que tem havido “uma mudança contínua na procura de um mercado pandémico para um mercado de vacinas contra a Covid-19 endémico sazonal”.
Se analisarmos apenas o segundo trimestre deste ano, houve uma melhoria nos prejuízos: dos 190,4 milhões de euros registados no ano passado para os 807,8 milhões de euros contabilizados de abril a junho de 2024.
O cofundador e CEO da BioNTech não deu explicações para as perdas, mas referiu que a biotecnológica germânica está a progredir em direção ao objetivo de se tornar uma empresa com medicamentos comercializados para o cancro e doenças infeciosas e registou avanços “significativos” na base de dados do portefólio de oncologia.
Na sua opinião, é a demonstração “do potencial das nossas tecnologias de plataforma, incluindo vacinas de mRNA individualizadas e prontas a usar, iNeST e FixVac”. “Também avançámos na nossa estratégia ao iniciar ensaios clínicos avaliando novas combinações de candidatos a medicamentos sinérgicos. Além disso, começámos a comercializar vacinas contra a Covid-19 adaptadas às variantes para a próxima época”, afirmou Ugur Sahin, citado no relatório e contas.
De facto, a BioNTech investiu fortemente nos estudos clínicos de oncologia. As despesas de I&D aumentaram mais de 50% para os 1.092 milhões de euros no primeiro semestre.
A empresa fundada em 2008, por Uğur Şahin, Özlem Türeci e Christoph Huber, antecipa que as receitas para o exercício fiscal de 2024 se situem no intervalo entre os 2,5 mil milhões de euros a 3,1 mil milhões de euros.
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