A SilicoLife, startup com sede em Braga e laboratórios de investigação no campus de Gualter da Universidade do Minho, atraiu um investimento de cerca de 10 milhões de euros da sociedade de capital de risco BlueCrow.
A empresa, liderada por Simão Soares, antigo aluno da UMinho, informa que o primeiro dos dois investimentos foi concretizado na semana passada e ronda os 4,9 milhões de euros, que servirão para potenciar o desenvolvimento de uma linha de tecnologias de produção de ingredientes para a indústria dos suplementos alimentares.
A SilicoLife combina Inteligência Artificial e Engenharia Biológica para a produção sustentável de variados ingredientes, utilizando fermentação de precisão aliada à engenharia de microrganismos.
A startup tem apostado no desenho de microrganismos industriais para produzirem de forma rentável e sustentável os ingredientes e suplementos que fazem parte do nosso dia a dia. Estes microrganismos otimizados são utilizados em processos de fermentação, da mesma forma que se produz cerveja ou insulina 100% humana, produzida por microrganismos em biorreatores.
Segundo Simão Soares, o investimento que está a ser feito “combina a reconhecida competência em I&D da SilicoLife com a capacidade financeira dos fundos geridos pela BlueCrow, para dimensionar uma empresa baseada no conhecimento”.
Já a BlueCrow assume que “tem acompanhado o modelo de negócio da SilicoLife e entende estarem reunidas as condições para a equipa consolidar a experiência e conhecimento adquirido ao longo de vários anos e enfrentarem os próximos desafios, desenhando e criando soluções de enorme impacto.”
Para responder a esta nova etapa, a SilicoLife já fez saber que irá em breve anunciar oportunidades de emprego nas áreas de engenharia de software, biologia molecular e engenharia de estirpes e desenvolvimento de negócio, entre outras.
SilicoLife é uma spinoff do Centro de Engenharia Biológica, nascida em 2010 pelas mãos de recém-graduados em Bioinformática e professores de Informática e Engenharia Biológica da UMinho. Em 2022, recebeu o “Prémio Atreve-te” como start-up do ano, patrocinado pela Presidência da República, e teve distinções na revista “Wired” do Reino Unido e no Fórum Biochem, na Espanha. Em 2015, foi colocada pelo Fórum Económico Mundial entre as seis PME cujas parcerias com multinacionais poderão marcar o desenvolvimento da Europa. Em 2016, foi eleita a 15ª empresa mais promissora do mundo na bioeconomia, pela publicação “BiofuelsDigest”, uma das mais lidas na área.
Esta startup de biotecnologia tem sede em Braga e trabalha apenas para mercados externos. Participa em vários projetos científicos e colabora com empresas multinacionais nos campos da química, do agroalimentar e dos materiais.
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