A Fed prepara-se para o primeiro corte nas taxas de juro em quatro anos e os investidores em criptomoedas estão particularmente entusiasmados com essa forte possibilidade, de acordo com os analistas. Assim, aquele que parece ser um ciclo de dinheiro mais barato tem o potencial de devolver liquidez ao mercado e fazer com que os ativos de risco se tornem mais apetecíveis aos olhos dos investidores com um perfil mais conservador.
Com a rentabilidade da dívida a perder fôlego, assim como os depósitos e as contas remuneradas, o dinheiro procura novos refúgios para se multiplicar e aqui, há alguns setores que competem por este dinheiro: Bolsa, matérias-primas, ouro e a bitcoin assim como outras criptomoedas.
“Perante este cenários, alguns investidores com um perfil de maior risco poderão optar pela procura de rendimentos em ativos de maior risco e aqui enquadram-se as criptomoedas, com a bitcoin à cabeça”, destaca um analista da plataforma Carbono ao “Cinco Dias”. Jorge Soriano, conselheiro delegado da Criptan, destaca ao mesmo jornal que “o corte das taxas de juro é um dos eventos mais importantes para os mercados especulativos. Assim que a Fed e os outros bancos centrais iniciem o ciclo de descidas, os mercados voltarão a ter apetite pelo risco; algo que deverá favorecer ativos como a bitcoin e outras criptomoedas”.
Quando em 2022 a Fed iniciou a subida das taxas de juro, as criptomoedas reagiram de forma imediata com perdas, pelo que o mercado está convicto que o normal agora é que suceda o contrário. A bitcoin parece ter deixado para trás o designado “criptoinverno” (a crise das criptomoedas) e em março alcançou máximos históricos acima dos 73 mil dólares, em parte devido à possibilidade de um corte nas taxas de juro. Assim, os analistas têm alguma dificuldade em afirmar se este otimismo já se reflete nas valorizações ou se ainda há margem para mais valorizações.
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