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Bloco pede suspensão da linha circular e expansão do Metro de Lisboa até Loures

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) apelou hoje à suspensão da linha circular e à expansão do Metropolitano de Lisboa até Loures, no final de um percurso de metro durante uma iniciativa por melhores transportes públicos.
  • Socialista ou social-democrata? A coordenadora do BE protagonizou um dos momentos mais caricatos desta campanha ao definir o programa eleitoral como social-democrata. As críticas não tardaram e tive corrigir publicamente o “lapso”.
13 Julho 2019, 14h25

“Aqui na Área Metropolitana de Lisboa há uma proposta muito concreta que nós achamos que tem de começar a andar já. Estão pensados cerca de 250 milhões de euros para a linha circular do metropolitano, que é uma linha que, de facto, serve a população que já é servida pelo metropolitano. Não tem sentido”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas junto à estação de comboios de Roma-Areeiro, em Lisboa, Catarina Martins contrapôs que o fundamental é a oferta de transportes chegar “àqueles sítios onde ainda não chega, a Loures, a Odivelas, à zona ocidental, para aí é que é preciso esticar o metropolitano de Lisboa”.

“A nossa proposta é essa mesmo”, acrescentou.

A coordenadora do BE referiu que “no parlamento estão a ser discutidas recomendações em que já nenhum partido apoia a linha circular” e que “mesmo o PS absteve-se sobre a suspensão da linha circular”.

“Não gastemos dinheiro numa obra de que ninguém precisa. Utilizemos esse investimento para fazer chegar o metropolitano aonde ele ainda não chega, para aumentar a oferta de transportes públicos. É disso que o país precisa, é disso que Lisboa também precisa”, apelou.

No âmbito de uma iniciativa por melhores transportes públicos, Catarina Martins apanhou hoje o metro no Cais do Sodré, juntamente com outros militantes e dirigentes do BE como Mariana Mortágua, Pedro Filipe Soares e o militar de Abril Mário Tomé, escolhido para mandatário do partido na campanha para as eleições legislativas de 06 de outubro.

Durante o percurso até à estação de Roma, rodeada por câmaras de televisão, a coordenadora do BE justificou a opção por fazer esta iniciativa a um sábado de manhã, e não a uma hora de ponta, com a preocupação de não criar confusão desnecessária às pessoas que se movimentam entre casa e o trabalho.

Catarina Martins elogiou a medida da redução do passe dos transportes, apontando-a como “uma das melhores medidas desta legislatura”, porque “é uma despesa que é retirada às famílias que é muito importante” e que equivale a “mais salário, mais pensão ao fim do mês”.

Agora, defendeu, “faltam transportes”, é preciso “mais investimento nos transportes públicos”.

“Nós hoje juntámos aqui pessoas que vieram da outra margem, de Almada, com quem veio de Sintra, com quem veio de Cascais, e com quem começou, como nós, a viagem no Cais do Sodré, usando os vários tipos de transporte, para chamar a atenção para isso mesmo”, declarou, já na estação de comboios de Roma-Areeiro.

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