[weglot_switcher]

Bloco vai manter o voto contra no Orçamento do Estado

Mesa Nacional do Bloco de Esquerda reúne esta noite para validar sentido de voto do partido para amanhã. Ainda com as votações na especialidade a decorrer, a Comissão Política do Bloco de Esquerda propõe o voto contra a proposta final global.
  • Tiago Petinga/LUSA
25 Novembro 2020, 17h25

A Comissão Política do Bloco de Esquerda vai propor à Mesa Nacional do partido manter o sentido de voto da generalidade e votar contra a proposta final global do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) nesta quinta-feira, justificando essa decisão com o resultado das votações na especialidade.

“A Mesa Nacional constata que o processo parlamentar não melhorou a proposta de Orçamento em termos que permitam ao Bloco a sua viabilização. Assim, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda manterá, na votação final global, o voto contra a proposta de OE2021”, pode ler-se na proposta que a comissão política do Bloco levará à reunião em formato virtual da Mesa Nacional que se irá reunir esta noite.

A proposta da Comissão Política do Bloco, a que o Jornal Económico teve acesso, está ainda condicionada às votações que estão a decorrer esta tarde e é apenas baseada nas propostas e indicações de votos conhecidas.

“O PS apoiou-se na direita para rejeitar todas essas propostas, sem que em paralelo tivessem sido aprovadas outras propostas que garantam uma resposta robusta à crise”, salienta a proposta que os bloquistas deverão aprovar, realçando que o grupo parlamentar apresentou 12 propostas de alteração ao Orçamento, classificadas como “medidas centrais no processo negocial iniciado em julho de 2020 e estruturais na resposta à crise”, com o objetivo de “proteger o emprego; apoiar quem perdeu salários e rendimento e combater a pobreza; reforçar o Serviço Nacional de Saúde; impedir novas perdas públicas com o Novo Banco”.

A proposta da Comissão Política assinala ainda que o partido “empenhou-se na negociação do OE 2021 durante vários meses, mas o governo manteve uma postura intransigente em matérias centrais, insistindo numa resposta de mínimos que é desajustada às circunstâncias de crise pandémica, económica e social que o país atravessa”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.