Há muito que os vários construtores que oferecem no mercado veículos elétricos usam como trunfo comercial o menor custo de operação e a poupança no preço da eletricidade, o que, no seu entender, compensa o preço mais elevado destes veículos face aos alimentados por combustíveis fósseis.
Mas agora a Bloomberg prevê que, às poupanças com manutenção e “combustível”, os veículos elétricos possam juntar um novo argumento: o preço. Uma pesquisa levada a cabo pelo departamento de Finanças e Novas Energias desta agência noticiosa aponta para que o preço de aquisição dos veículos elétricos se irá em breve alinhar com o dos veículos com motor térmico, devendo – segundo as previsões da Bloomberg – passar a ser inferior a partir de 2025 no mercado europeu e dos EUA.
A justificação que a Bloomberg dá para esta previsão é a continuada descida do preço das baterias, componente ao qual se deve, atualmente, cerca de metade do preço dos veículos elétricos. A agência londrina prevê que os preços deste componente deverão baixar cerca de 77% até 2030, o que levará o PVP dos veículos elétricos a ser inferior do que o dos modelos com motor de combustão de gasolina. “Estes componentes [as baterias], começarão a ficar mais baratos, o que levará a que as pessoas adotem mais facilmente os elétricos, à medida que os preços ficam mais alinhados”, afirma Colin McKerracher, analista da Bloomberg. “Depois, comprar um elétrico será ainda mais atrativo”, conclui.
Esta previsão da Bloomberg parece corroborar as já feitas pelos construtores, como a Renault. Gilles Normand, vice-presidente da marca para os veículos elétricos, declarou, em entrevista à Bloomberg no início deste mês, que o custo total de possuir um elétrico se equivalerá ao dos modelos de combustão nos primeiros anos da próxima década: “Há duas curvas. Uma é a da redução dos custos de tecnologia de veículos elétricos, fruto das novas descobertas e do maior volume, o que fará com que os custos destes veículos desçam. A outra é a do aumento dos custos associados com veículos de combustão, devido, principalmente, às regulações mais apertadas no que respeita às emissões de gases poluentes.”
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