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Bloomberg: Elisa Ferreira pode chegar à liderança do Banco Central Europeu

A atual vice-governadora do Banco de Portugal pode estar na corrida para a presidência do Banco Central Europeu, segundo a Bloomberg. Com a falta de nomes femininos para substituir Draghi, o jornal elaborou uma lista com dez mulheres do setor financeiro com possibilidades de assumir a presidência do BCE.
  • Cristina Bernardo
15 Maio 2019, 14h00

O Banco Central Europeu (BCE) procura um sucessor para Mario Draghi e os vários sucessos apontados são todos do sexo masculino.  No último ano foram nomeados 13 homens para o BCE, e o Conselho do BCE é atualmente composto por 25 membros, sendo apenas um do sexo feminino, destaca a Bloomberg.

Num mundo predominantemente masculino, a Bloomberg elegeu dez mulheres do setor que poderão substituir Mario Draghi como presidente do BCE. Nesta mesma lista, entre mulheres de Espanha, França, Grécia ou da Irlanda, existe uma portuguesa que pode assumir a presidência.

A agência noticiosa elegeu Elisa Ferreira como uma das possíveis candidatas a vencer a corrida à presidência do BCE. A economista é atualmente vice-governadora do Banco de Portugal, liderado por Carlos Costa. Elisa Ferreira passou mais de uma década no Parlamento Europeu, e foi lá que pediu para o BCE ter mais poderes para monitorizar a estabilidade financeira.

Ainda assim, antes de ingressar no Parlamento Europeu, Elisa Ferreira foi ministra do Ambiente no primeiro mandato de António Guterres, entre 1995 e 1999, sendo que no segundo mandato as suas funções já foram como ministra do Planeamento, entre 1999 e 2002. A economista também exerceu funções como deputada na Assembleia da República entre 2002 e 2004.

Ao lado do nome da portuguesa, aparece o da sua homóloga espanhola Margarita Delgado. A economista espanhola passou as últimas duas décadas entre o BCE e o Banco de Espanha, onde ficou responsável por supervisionar os credores de Espanha.

Sylvie Goulard governa o Banco de França e o seu nome aparece esporadicamente como candidata para presidente do BCE. Passou oito anos no Parlamento Europeu e em 2017 candidatou-se para o cargo de primeira-ministra no seu país. A alemã Claudia Bunch já representa o seu país nas reuniões com o Fund Monetário Internacional e também formou um painel de economistas para aconselhar o Governo alemão.

Sharon Donnery é um exemplo de como a igualdade nem sempre existe. Em apenas seis meses foi ultrapassada por homens em duas posições distintas: a primeira como braço-direito do BCE e a segunda para governar o Banco Central Irlandês, onde trabalhou mais de duas décadas.

Emma Navarro é a segunda espanhola que surge na lista. Trabalhou com o número dois do BCE, mas também foi secretária-geral do Tesouro de Espanha e sentou-se nas reuniões do Banco de Espanha. Natacha Valla é também a segunda francesa cujo nome aparece na lista. Começou o seu trabalho no BCE mas abandonou para trabalhar tanto no privado como no público, ainda assim conseguiu voltar à instituição de Draghi no ano passado.

Laurence Boone já lidera a parte económica da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento da Economia, mas ainda assim já liderou a Axa, o Banco da América e o Barclays Capital. Lucrezia Reichlin é professora mas já passou pelo BCE como diretora de investigação sob a alçada de Jean-Claude Trichet. A última personalidade feminina que surge na lista da Bloomberg é Pinelopi Koujianou Goldberg, é a chefe economista do Banco Mundial, que já passou por três universidades prestigiadas dos Estados Unidos.

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